Além da premiação dos 323 queijos inscritos, evento vai contar com palestras, minicursos e exposição de serviços e produtos de entidades do setor de lácteos
A cerimônia de encerramento da primeira edição do Prêmio Queijos do Paraná está marcada para 1º de junho, a partir das 8 horas, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. Além do julgamento dos 323 queijos inscritos, o evento de premiação terá uma programação extensa, com palestras, minicursos e um espaço para oferta de produtos e serviços das entidades parceiras.
Os queijos inscritos podem ganhar medalhas de bronze, prata, ouro e super ouro, conforme avaliação sensorial e critérios técnicos de júri selecionado, composto por 60 profissionais que passaram por treinamento promovido pelo Sistema FAEP/SENAR-PR. “Essa iniciativa está consolidada como uma vitrine dos queijos produzidos no Paraná. Os produtores paranaenses já são destaques em produção de leite e contribuem de forma essencial para a nossa economia. Agora, estamos valorizando a produção de queijos, que agrega valor à matéria-prima e incrementa a geração de renda”, destaca Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR.
O Prêmio Queijos do Paraná é uma realização do Sistema FAEP/SENAR-PR, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sebrae-PR e Sindileite-PR, com apoio de 28 entidades.
Avaliação
A premiação dos queijos acontece em três etapas. Primeiro, os jurados vão fazer a avaliação dos 323 inscritos em cabines individuais isoladas de barulho, iluminadas e sem interferência de cor. Os queijos receberão pontos de 0 a 20, de acordo com critérios pré-estabelecidos. Os produtos que obtiverem 18 pontos ou mais serão premiados com medalha de ouro. Para receber medalha de prata, é preciso fazer pelo menos 16 pontos. O bronze fica para os que atingirem 14 pontos.
Na segunda fase, os queijos medalhistas serão reconhecidos pelos jurados. Além disso, os produtos com a medalha de ouro estarão aptos para a seleção final, podendo ser reconhecidos com a medalha super ouro. Na etapa seguinte, os queijos passarão por uma nova avaliação, dessa vez composta por dez jurados, para o reconhecimento dos queijos super ouro e a escolha do melhor queijo da primeira edição do Prêmio Queijos do Paraná.
Os produtos inscritos são provenientes de todas as regiões do Estado, concorrendo em 16 categorias. Cada uma delas será avaliada por pelo menos três jurados. Os queijos tipo minas artesanal ou colonial contaram com maior número de inscritos, somando 72 concorrentes. A categoria de criações especiais – como os queijos aromatizados ou condimentados com outros ingredientes, como doces, ervas ou café – teve 57 inscritos. Outros 47 produtos vão participar na categoria para similares à muçarela ou cacciocavalo.
Após a premiação, os vencedores poderão usar a medalha recebida como selo na embalagem de seus produtos. Os prêmios também incluem consultoria de gestão e de design de embalagem até treinamentos voltados ao processo de produção. Todos os participantes receberão um relatório técnico, com apontamentos a respeito do seu produto.
Palestras
A programação do evento conta com cinco palestras com profissionais e especialistas do setor de lácteos, realizadas no auditório do museu. Os temas abordados serão cultura para queijos, inovações em tecnologias em lácteos, oportunidades no mercado de lácteos, biopreservação de queijos e oportunidade para exportações de lácteos.
Os desafios na produção são o tema da palestra com Rodrigo Magalhães, diretor da Divisão Queijos da Globalfood e que tem mais de 18 anos de experiência na indústria de queijos, inclusive em países como Estados Unidos, França e Holanda.
“Alguns microrganismos causam estufamento do queijo, que pode resultar em defeitos sensoriais e fazer com que o produto perca qualidade mercadológica. Além dos aspectos relacionados à saúde pública, existem impactos na renda do produtor e também o risco de impactar a marca negativamente”, resume Magalhães.
Sobre inovações em tecnologias em lácteos, o técnico em laticínios e engenheiro agrônomo Yuri Villani Teixeira de Souza vai trazer sua experiência como supervisor de produção para abordar as principais evoluções dentro da indústria. “Vamos falar sobre a automatização das plantas industriais, alternativas para açúcar em bebidas, como os aromas moduladores, evolução de fermentos, e os degerminadores de queijo, importantes para ganhos de sabor no produto”, adianta.
Na área de exportações, o palestrante Airton Spies vai apresentar as possibilidades para a indústria brasileira atingir o mercado internacional, com destaque para os Estados da região Sul, cuja produção de leite é 2,5 vezes maior que a média de consumo dos habitantes.
“Assim como outras cadeias produtivas se fortaleceram e garantiram espaço para crescimento por meio das exportações, chegou a hora do leite fazer uma revolução e se preparar, com competitividade, qualidade e custo, para embarcar no mercado global”, afirma Spies, que possui vasta experiência internacional, tendo participado da coordenação de 13 missões técnicas a diversos países.
Minicursos
Durante o evento, serão ofertados cinco minicursos em parceria com o Senac-PR, uma das entidades apoiadoras do Prêmio Queijos do Paraná. Serão três minicursos sobre montagem de tábuas de queijos, um sobre harmonização de queijos e vinhos e um sobre harmonização de queijos e cervejas. Serão disponibilizadas 20 vagas para cada minicurso. As inscrições podem ser feitas em sistemafaep.org.br/premio-queijos-do-parana.
“Esses minicursos são de extrema importância para quem trabalha no setor lácteo, não apenas para os lojistas, mas também produtores rurais que já estejam ou que queiram participar da Rota do Queijo, e indústrias, para que possam ofertar esse tipo de conhecimento aos seus clientes ao apresentar seus produtos”, aponta Luciana Matsuguma, técnica do Departamento Técnico (Detec) do Sistema FAEP/SENAR-PR.
Confira as palestras e minicursos no dia da premiação:
Palestras
09h15 – Cultura para queijos
João Pedro de M. Lourenço, consultor-técnico da SACCO Brasil em Campinas
10h15 – Inovações em tecnologias em lácteos
Yuri Villani Teixeira de Souza, técnico em laticínios e engenheiro agrônomo
11h15 – Oportunidades no mercado de lácteos
Mario Ruggiero, gestor nas indústrias na Scanntech, empresa uruguaia de tecnologia
14h – Biopreservação de queijos
Rodrigo Magalhães, atual diretor da Divisão Queijos da Globalfood
15h – Oportunidade para exportações de lácteos
Airton Spies, proprietário da empresa Spiesagro Palestras e Consultoria
Minicursos
9h – Montagem de tábuas de queijos
Milton Rodrigo Gonçalves
10h – Harmonização de queijos e vinhos
Luiz Amilton Koheler
11h – Montagem de tábuas de queijos
Milton Rodrigo Gonçalves
14h – Harmonização de queijos e cervejas
Luiz Amilton Koheler
15h – Montagem de tábuas de queijos
Milton Rodrigo Gonçalves