Para a especialista, nutriente ajuda a aumentar a qualidade de pele, da casca do ovo, além de, claro, melhorar o sistema reprodutivo.
Considerar a adição de minerais na nutrição animal é um tema que já vem sendo amplamente difundido nos últimos anos. No entanto, com o passar do tempo e com as pesquisas cada vez mais atualizadas, o processo de produção de alimentos para espécies como as aves também tem avançado de maneira significativa.
De acordo com a coordenadora técnica da Quimtia Brasil, indústria especializada na produção de insumos para nutrição animal, Daniely Salvador, um desses progressos é o surgimento dos chamados minerais orgânicos. Para ela, a principal diferença está relacionada à biodisponibilidade.
Eles [minerais orgânicos] possuem uma série de classificações como os quelatados, os ligados a aminoácidos como glicina e metionina e outros em que, cada um deles, apresentam uma absorção diferenciada. “Ou seja, com isso pode-se trabalhar com uma dose de mineral significativamente menor o que, consequentemente, pode acarretar numa absorção melhor por parte das aves”, explica a especialista.
Os minerais podem ser subdivididos em duas classes. Segundo Daniely, existem os ‘macro minerais’, como o cálcio e fósforo, que podem contribuir na formação do osso e, com isso, na estrutura esquelética da ave e os ‘microminerais’, como zinco, ferro, cobre, selênio e manganês, por exemplo, que melhoram aspectos mais específicos, como a qualidade de pele, da casca do ovo – esse no caso de galinhas poedeiras –, além de, claro, melhorar o sistema reprodutivo e imunológico.
“Suplementando a alimentação das aves de postura com esses minerais, os benefícios podem ser repassados, inclusive, para humanos ao consumirem ovos produzidos por essa ave”, comenta.
Dosagem adequada
O mineral pode ser tóxico quando em doses muito elevadas. Com isso, a coordenadora técnica da Quimtia reforça que é necessário manter uma dosagem adequada para que não ocorram danos aos avicultores. “A quantidade ideal precisa ser respeitada, pois assim como o volume excessivo minerais pode ocasionar uma toxicidade às aves, a não suplementação ou a adição em índices baixos pode levar a quedas de imunidade das aves, deixando-as mais suscetíveis a doenças, o que posteriormente pode acarretar a perda do animal”, esclarece a especialista.
Daniely afirma ainda que nutrientes como minerais não são essenciais apenas na avicultura, mas também para todas as espécies. Para ela, cada uma delas além das aves, [bovinos, suínos, equinos, peixes e outros] precisam consumir mineral, mas que a quantidade apropriada varia de acordo com a espécie, pois vai depender significativamente da composição do organismo do animal.
“Esse volume vai depender, também, da fase em que o animal se encontra, se é jovem, se está em crescimento, ou se já é adulto, além, inclusive, da sua finalidade, ou seja, se será para corte, leite e etc.”, finaliza.