Soluções de rastreabilidade desenvolvidas pela PariPassu promovem a automatização de processos no campo, indústria, food service e varejo e contribuem para que toda a cadeia agroalimentar tenha previsibilidade, segurança e altos padrões de qualidade.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 15% da população reside nas zonas rurais do país, sendo parte fundamental na cadeia de produção agropecuária. Enquanto que 85%, ou seja, mais de 160 milhões de pessoas, vivem nas cidades e dependem dessa produção e da qualidade dos alimentos que vem do campo. Para fechar essa complexa equação de menor disponibilidade de mão de obra num cenário de maior exigência para o tema qualidade, seja por parte dos órgãos reguladores assim como pelo consumidor final, a tecnologia é uma aliada dos produtores e distribuidores dos alimentos perecíveis. A PariPassu, empresa de tecnologia para agronegócio com sede em Florianópolis/SC, traz ao mercado soluções que, além da rastreabilidade prevista na legislação, agregam valor à cadeia produtiva, desde o produtor, passando pelos distribuidores, indústria até o varejo. Atualmente, a empresa atende a mais de 5,5 mil produtores, distribuidores e indústrias, entre elas Grupo Vegetais Saudáveis e Coca-Cola; mais de 100 redes de varejos, como o Grupo Carrefour, e outras regionais como o Koch e Unidasul, respectivamente em SC e RS.
A jornada de desenvolvimento criada pela PariPassu inicia nos padrões de rastreabilidade e promove uma evolução nos processos desde o campo até o ponto de venda, que contribuem para a segurança do alimento e qualidade dos produtos que são distribuídos e/ou processados. Esse ciclo de desenvolvimento contínuo colabora para a adoção de práticas associadas aos temas ambientais, social e de governança, pilares do ESG (environmental, social and governance).
“A PariPassu começou no ano de 2005 dentro do galpão de produtores de banana com o objetivo de levar uma solução que pudesse ajudar a organizar os processos para tornar as informações acessíveis e úteis dentro da propriedade. Nossa história começa com a união de conhecimentos complementares, como computação, engenharia, produção animal e rotina de produção agropecuária. Iniciamos os projetos-piloto e fomos aprimorando os serviços a partir das demandas e necessidades, tal como integrações com hardwares e identificação padronizada, associação da rastreabilidade ao monitoramento de resíduos, todos estes são conceitos embrionários para a formação do que hoje chamamos de INDEX” revela Giampaolo Buso, diretor-executivo da PariPassu.
Criado em 2019, o INDEX é uma plataforma de informação estratégica, referência no mercado agroalimentar, reunindo mais 2,6 mil empresas do setor, produtores, distribuidores, indústria e varejo alimentar. Os produtores e distribuidores podem utilizar essa plataforma para qualificação e comprovação de atendimento às boas práticas de segurança e qualidade do alimento, sendo um diferencial de atendimento ao mercado. Através da plataforma do INDEX, as empresas têm a possibilidade de comparar seus resultados com os pares do setor, sem serem identificados. A equipe PariPassu apoia na orientação para planos de ação para a melhoria. As empresas são pontuadas em quatro categorias no INDEX PariPassu: Rastreabilidade; Padrão de Qualidade; Segurança do Alimento; Auditoria e Certificações.
“O INDEX traduz o trabalho da PariPassu, uma referência de qualificação onde cada componente recebe uma pontuação e, utilizando uma média ponderada, a qual indica os resultados qualitativos dos participantes da cadeia de abastecimento. É um diferencial que o segmento agroalimentar ainda não utiliza de forma estruturada,criando um ranking qualitativo e evolutivo do desenvolvimento. Em breve, o INDEX se tornará uma certificação, representado através de um Selo de Qualidade. Esperamos anunciar os primeiros fornecedores certificados em 2024”, adianta Giampaolo.
Comunicação entre o campo e produtor
A produção agrícola é afetada pelas condições climáticas e, na grande maioria dos casos, são eventos que fogem do controle do agricultor. De um lado, grandes variações de temperatura, chuva em excesso ou escassez, umidade do solo e do ar, ventos, entre outros, afetam a qualidade dos alimentos que são entregues. Do outro, os mercados e distribuidores têm uma expectativa sobre os alimentos que serão fornecidos. Por meio da rastreabilidade e processos bem definidos, é possível alinhar a comunicação entre os elos da cadeia, é o que afirma o diretor-executivo da PariPassu.
“Estamos consolidando, através do Índex, nossa posição como facilitadores da comunicação, dos acordos entre os elos da cadeia de abastecimento, do ponto de vista qualitativo. Muitas vezes o varejo e os consumidores reclamam da qualidade das verduras e legumes que recebem, mas não sabem as razões de estar recebendo um produto com qualidade abaixo do esperado ou mais caro. Então, reunimos as informações do que está afetando a produção e colocamos esses atores (produtor, distribuidor e varejista) em uma sala para fazer a mediação, contextualizar que haverá uma alteração da qualidade, afinal, é uma indústria a céu aberto. Entendimento necessário, inclusive, para informar o consumidor sobre alterações no preço. Como atuamos em todos os elos da cadeia produtiva, temos a possibilidade de ver ‘as dores’ e, facilitamos, através das ferramentas e também das iniciativas de educação, como a Academia PariPassu, o entendimento entre o campo e o mercado”, comenta Giampaolo .
ESG no campo: redução de perdas e desperdício
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 30% dos alimentos produzidos no planeta são desperdiçados ou perdidos por ano, chegando a 1,3 bilhão de toneladas. Na América Latina, são cerca de 77 milhões de toneladas perdidas. Já a Embrapa estima que 10% do que é colhido se perde ainda no campo; outros 50% são desperdiçados no manuseio e transporte; 30% na comercialização e abastecimento e, por fim, 10% é perdido nas casas e restaurantes.
“É importante trazer para o mercado de alimentos a lógica da indústria não alimentar, por exemplo a indústria automobilística. As montadoras de veículos, desenvolvem os fornecedores para manter a qualidade dos componentes na linha produção, pois quando há a entrega de algo não-conforme, afeta a eficiência, funcionalidade e segurança do produto final. Quando avançamos no uso de um caderno de campo, como o Rastreador do Campo, o Rastreador PariPassu, no processamento e consolidação do produto com inspeção de qualidade, com decisões e processos baseados em dados, conseguimos mudar esse cenário. Temos muito desperdício, mas esse jogo combinado, do uso de ferramentas e da educação para a qualidade e comunicação compartilhada, contribui para reduzir essas perdas”, comenta Giampaolo.