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10 de dezembro de 2024 - 15:43h

A Folha Agrícola

Produtor de milho deve ponderar mercado e clima para a safra 2023/24

Palestrante do IV Encontro Técnico Milho da Fundação MT, que acontece nos dias 22 e 23 de novembro, em Cuiabá-MT, sinaliza que o cereal será afetado pelo atraso na semeadura da soja, indicando tendência de redução de área plantada

O clima não tem colaborado e a semeadura da soja safra 2023/24 começou com atraso. Essa situação deve impactar diretamente a janela ideal de plantio do milho e, consequentemente, influenciar na adoção das tecnologias a serem empregadas e também no tamanho da área plantada para o próximo ciclo. Este é um dos temas que norteará o IV Encontro Técnico Milho, evento que a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, realiza presencialmente nos próximos dias 22 e 23 de novembro no Hotel Gran Odara, em Cuiabá-MT.

Não bastasse o clima, o analista da Agrinvest Commodities, Jefferson Souza, e também palestrante no evento, diz que a classe agrícola enfrenta mais problemas. “O produtor de milho ainda precisa lidar com o achatamento nas margens de produção. Em fevereiro deste ano, os preços do milho no Médio Norte de MT eram negociados acima de R$ 60,00 por saca, mas agora as cotações estão abaixo de R$ 40,00”, detalha. Portanto, as margens que eram bastante satisfatórias foram fortemente comprometidas e, mesmo com uma queda nos custos de produção, os ganhos são muito menores agora do que eram no começo desse ano.

Nas últimas duas semanas, segundo o especialista, o mercado de fertilizantes para o milho de 2ª safra avançou um pouco, no entanto, o atraso ainda é bastante significativo. Já que o maior estado produtor de milho do Brasil, que é o MT, adquiriu cerca de 67% das necessidades para a próxima safra. “Este número é o mais baixo para o período nos últimos cinco anos. Como exemplo, na primeira quinzena de outubro do ano passado as compras para o milho "safrinha" já haviam superado 80%”, reforça.

Souza orienta que com este cenário, a primeira atitude que os produtores deverão tomar para a próxima safra de milho é a redução na tecnologia empregada na cultura. “O segundo ponto é de que existe a possibilidade de redução de área plantada”, completa.

Mais assuntos

Outros temas de relevância para o setor serão debatidos no evento. O painel 1: Mercado e Clima, será moderado por Rafaela Debiasi, especialista do mercado financeiro e agronegócio; com participação do Jefferson Souza, da Agrinvest; Carlos Frederico de Angelis, diretor da Atto Technology; Guilherme Nolasco, presidente executivo da Unem - União Nacional do Etanol de Milho, e produtores.

O painel 2: O que aconteceu com a cultura do milho na safra 2022-2023, vai tratar de desempenho de híbridos em diferentes ambientes de produção, com Daniela Dalla Costa, da Fundação MT; Ecofisiologia para altas produtividades em MT: expectativa x realidade, com o Prof°. Alencar Zanon da UFSM; Adubação nitrogenada: resultados da safra 2022/2023, que será apresentado por Felipe Bertol, da Fundação MT, e ainda debate e lançamento do livro com o Prof°. Alencar Zanon e moderação de Claudinei Kappes, da Nemabio, que também vai contextualizar sobre as produtividades da segunda safra em diferentes regiões de MT.

Já no dia 23 de novembro a programação começa no Painel 3: Proteção de Cultivos – Fungicidas, com destaque para os resultados da Fundação MT, manejo para alto e baixo investimento, análise econômica dos resultados e posicionamento da área de fitopatologia e biológicos. Após, o Painel 4: Proteção de Cultivos - Plantas Daninhas, vai falar da contribuição da cultura do milho no manejo de plantas daninhas, apresentado por Lucas Barcellos, da Fundação MT; além de aspectos práticos no manejo de plantas daninhas no milho, com Laís de Souza Rezende, da Rehagro.

O painel 5: Proteção de Cultivos – Entomologia, falará de cigarrinhas do milho: desafios e oportunidades, com Césio Humberto de Brito, da Universidade Federal de Uberlândia, e também resultados de pesquisa da Fundação MT com Lucia Vivan. Nesta etapa, também será falado de Spodoptera frugiperda: desafios do manejo em milho no Oeste da Bahia, com Antônio Carlos Leite Alves, da Multcrop; e Spodoptera frugiperda x biotecnologias, com resultados de experimentos da Fundação MT em oito safras, mediado por Mariana Ortega.

Inscreva-se

Os interessados em participar do IV Encontro Técnico Milho da Fundação MT já podem se inscrever no site www.fundacaomt.com.br. “Eventos como esse são fundamentais para nortear os produtores. Especialmente neste ano com um cenário complexo para a cultura, que é fundamental para o agronegócio e para a classe agrícola de Mato Grosso. Nosso foco é ajudá-los a se planejar e fazer um bom manejo para a próxima safra”, pontua Luís Carlos Oliveira, gerente de marketing da instituição.

Fundação MT: Criada em 1993, a instituição tem um importante papel no desenvolvimento da agricultura, servindo de suporte ao meio agrícola na missão de prover informação técnica, imparcial e confiável que oriente a tomada de decisão do produtor. A sede está situada em Rondonópolis-MT, contando com três laboratórios e casas de vegetação, seis Centros de Aprendizagem e Difusão (CAD) distribuídos pelo Estado nos municípios de Sapezal, Sorriso, Nova Mutum, Itiquira, Primavera do Leste com ponto de apoio em Campo Verde e Serra da Petrovina, em Pedra Preta. Para mais informações acesse www.fundacaomt.com.br e baixe o aplicativo da instituição.

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