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12 de dezembro de 2024 - 1:31h

A Folha Agrícola

Pesquisa encomendada pelo Sindiveg projeta expansão de 3,7% da área tratada com defensivos

Condições climáticas contribuíram para o aumento de pragas e doenças na safra 23/24, com consequente crescimento da área tratada

A expansão da área cultivada de soja, atrelada às condições climáticas mais favoráveis no Sul do País durante a safra 23/24 favoreceram a proliferação de pragas na agricultura brasileira, promovendo um aumento de 3,7% da área tratada com defensivos agrícolas no Brasil em comparação com a safra anterior. Foi o que trouxe uma pesquisa encomendada pelo Sindiveg - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal para a Kynetec Brasil.

No que se refere ao volume total de defensivos agrícolas utilizados no controle de pragas, doenças e plantas daninhas ao considerar o segundo semestre de 2023 (H2), foi registrado um total de 811 mil toneladas, considerando o número de aplicações necessárias por situação. Desse total, 49% referem-se a herbicidas, 24% a fungicidas, 18% a inseticidas, 1% a tratamento de sementes e 8% a outros. O montante utilizado corresponde a 1.25 bilhão de hectares tratados, impulsionado pela expansão da área cultivada.

O material leva em consideração a metodologia desenvolvida pelo Sindiveg que projeta dados do mercado de defensivos em PAT (produto por área tratada). O conceito considera o volume efetivamente utilizado pelo produtor rural e o número de aplicações de defensivos na área cultivada.

De acordo com a projeção, o aumento da área controlada com nematoides na cultura da soja deve ser 26,1% e de percevejos, 8,8%. A cultura de soja representa 55% do total da área e deverá refletir um aumento, com crescimento de 6,5% na safra 23/24. Neste caso, o uso de fungicidas premium apresentou aumento de 7,9%, enquanto o de fungicidas protetores 32%, ambos em uma área cultivada de 45 milhões de hectares, refletindo uma expansão de 4% em relação à safra passada (22/23).

Em algumas regiões do País, foram registradas chuvas acima da média, a exemplo do Rio Grande do Sul, onde a pressão de doenças fúngicas foi maior. Em contraponto, no Centro-Oeste, com chuvas abaixo do esperado, o déficit hídrico viabilizou a infestação de pragas. “De diferentes formas, os problemas climáticos geram incertezas e aumentam a incidência de doenças que demandam o uso de defensivos para que o agricultor garanta uma boa produtividade”, enfatiza o presidente do Sindiveg, Julio Borges.

O investimento médio do produtor rural com insumos, como aponta a projeção, deverá voltar aos níveis de antes da pandemia, com os preços dos principais produtos em queda, em especial os herbicidas não seletivos – aqueles de amplo espectro de ação. Nas safras anteriores, o custo de insumos sofreu interferências da pandemia, com aumento nos custos de fretes, disponibilidade de contêiners e matérias-primas e custos de importações.

 “As tecnologias para proteção de cultivo são fortes aliadas para garantir a produtividade, auxiliando os agricultores na expansão segura de seus negócios e contribuindo para a entrega de alimentos cada vez mais seguros”, conclui Borges.

Sobre o Sindiveg

Há mais de 80 anos, o Sindiveg - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal atua no Brasil representando o mercado de defensivos agrícolas no País, com suas 27 associadas, e dando voz legalmente à indústria de produtos de defesa vegetal em todo o território nacional. O Sindicato tem como propósito a promoção da produção agrícola de forma consciente, com o uso correto e seguro dos defensivos, bem como apoiar o setor no desenvolvimento de pesquisas e estudos científicos para o seu uso consciente, sempre respeitando as leis, a sociedade e o meio ambiente.

Mais informações: www.sindiveg.org.br

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