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20 de setembro de 2024 - 8:35h

A Folha Agrícola

Solo saudável contribui com eficiência no uso de biológicos

Em um cenário onde a busca por produtividade na produção agrícola caminha lado a lado com a preocupação ambiental, o uso de biológicos desponta como uma estratégia eficiente. A abordagem, que prioriza a saúde do solo e a preservação dos recursos naturais, tem ganhado espaço entre os produtores rurais, impulsionando uma agricultura mais sustentável e eficiente.

O solo saudável, neste contexto, é peça-chave. O manejo adequado tem o poder de aumentar as atividades biológicas e enzimáticas e melhorar a qualidade agronômica do solo.

“Diversas técnicas são empregadas para alcançar tais objetivos, incluindo a rotação de culturas; adoção de plantas de cobertura; inoculação eficiente; o uso de produtos biológicos, promotores de fungos e bactérias benéficas; e a utilização de condicionadores de solo que visam promover a vida microbiana”, informa Alexandre Yamamoto, engenheiro-agrônomo e coordenador do Programa de Construção do Perfil do Solo da Belagrícola, empresa com sede em Londrina e um importante player do agronegócio no país.

O programa pode contribuir, expressivamente, com a melhoria na eficiência dos produtos biológicos aplicados, segundo destaca a engenheira agrônoma Letícia Aparecida Ronqui Ferreira, coordenadora de Tecnologia e Nutrição, também da Belagrícola. “O CPS é um conjunto de boas práticas agrícolas que visa recuperar e preservar a saúde do solo, através do equilíbrio dos três pilares da fertilidade: químico, físico e biológico”, destaca ela.

Letícia participou, nos dias 5 e 6 de junho, em Campinas–SP, do X Abisolo – Fórum e Exposição. O evento trouxe importantes informações sobre a cadeia de fertilizantes especiais, que engloba o mercado de nutrição foliar, produtos biológicos e condicionadores de solo. Além disso, palestrantes de renomadas instituições trouxeram percepçõessobre sustentabilidade e rentabilidade da agricultura brasileira, mercado de carbono, gestão da propriedade além da porteira e inteligência de mercado.

Em um dos painéis - “Evolução Tecnológica do Setor”- o pesquisador da UTFPR, Sérgio Mazaro, alertou para o desafio da perda de eficiência dos bioinsumos em locais com pouca cobertura no solo e baixa biodiversidade. Isso ressalta a importância de programas como o Construção de Perfil de Solo (CPS) da Belagrícola, que visa recuperar e preservar a saúde do solo com foco, justamente, nos pilares da fertilidade.

“Dentre as boas práticas que o CPS engloba, destaca-se o não revolvimento do solo (sem que haja um bom diagnóstico comprovando real necessidade), e o fortalecimento do plantio direto pela inclusão de plantas de cobertura no sistema de cultivo”, reforça a engenheira agrônoma.

Incentivo ao uso de biológicos

A Belagrícola vem utilizando em seu portfólio e incentivando o produtor a usar insumos biológicos há mais de 10 anos, respeitando as condições da propriedade, da cultura e com base em análise do solo. Esses insumos podem ser organismos vivos ou derivados de organismos vivos; ou ainda de fontes naturais, com tecnologia de bioativação natural (Pernegetic).

Um dos agricultores que já está colhendo os frutos desse investimento é Sérgio Ito, que implementou o programa de Construção do Perfil do Solo em 100% de sua propriedade de 50 hectares, localizada no distrito de Pairquerê, a 30 quilômetros de Londrina. O agricultor cultiva soja, trigo, sorgo e plantas de cobertura e fala com segurança sobre os resultados alcançados.

“É na adversidade que vemos o trabalho do biológico no solo, com uma planta mais robusta e bem estruturada. Para mim, é a chave do sucesso”, testemunha.

A região onde Ito tem propriedade também foi fortemente atingida pela seca, na última safra. Os impactos, no entanto, foram mitigados.

“Quem faz um trabalho diferenciado sai na frente sempre, no fortalecimento de imunidade, na melhor absorção de nutrientes, no enraizamento e nodulação melhores. Você não vê, mas os bichinhos estão trabalhando ali, fornecendo um nitrogênio, viabilizando um fósforo. É algo que dá uma indução maior à seca e o pouco mais que a planta resiste é o segredo de você colher um pouco mais, ter maior liquidez”, garante.

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