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12 de dezembro de 2024 - 2:43h

A Folha Agrícola

Lançamento do Plano Safra tem taxas reduzidas para investimento em energia solar

Pronaf Bioeconomia reduz taxa de 4% para 3% e anima produtores

Por Jaime Samoel

No início desse mês de julho, na quarta-feira dia 03, o Governo Federal lançou o Plano Safra 2024/2025 com liberação recorde de recursos. Nesta safra, agricultores e pecuaristas terão à disposição R$ 476 bilhões em linhas de crédito para investimento. Um valor considerado o maior de todos os tempos, levando em consideração que no ano passado, foram disponibilizados R$ 435,8 bilhões.

O mercado de energia solar na agricultura familiar tem mais um motivo para continuar crescendo, o Plano Safra tem linha de crédito exclusiva e esse ano houve uma redução na taxa de juros para esse segmento. Através do Pronaf Bioeconomia, estão sendo destinados recursos para aquisição de sistemas fotovoltaicos e outras tecnologias sustentáveis, com taxas de investimento reduzidas de 4% para 3% ao ano em relação à última edição do plano safra.

Outro destaque relacionado ao setor fotovoltaico é o Renovagro, um programa que tem como objetivo conceder crédito para investimentos que promovam a redução das emissões de gases tóxicos no campo. Através do Renovagro será possível financiar sistemas para geração de energia renovável e outras práticas sustentáveis, como a recuperação de áreas e pastagens degradadas com taxa de juros a 7% ao ano.

Segundo Gabriel Cabral, proprietário da Sudoeste Solar, hoje a energia solar continua em alta e nesse próximo ano de plano safra deverá se manter, pois os preços caíram de 30% a 40% dependendo da analogia feita no mercado. E a taxa de juro também reduziu, então o momento para investir é um momento muito bom e contrapartida o preço da energia no campo está começando a se equiparar com o preço da energia na cidade, comenta ele. Para Gabriel, o agricultor que tem a energia solar como um insumo para o negócio dele funcionar, a redução na conta de energia é muito importante pois no final nas contas acaba indo pro bolso do agricultor e transformando em lucro. ‘’Nós da Sudoeste Solar, buscamos sempre o melhor para o nosso cliente, mostrando o quanto de retorno a energia solar ainda está trazendo para quem não pôs e para quem já pôs’’, comenta Gabriel. Hoje muitos clientes já têm o sistema, mas precisam ampliar ou revisar, hoje a Sudoeste Solar está trabalhando com um setor exclusivo para essa linha. Depois de ficar um tempo em teste, a empresa recentemente lançou esse serviço, que é a manutenção e assistência para os clientes, ou clientes de outras empresas que não estão tendo atendimento. Muitas vezes a empresa que vendeu o equipamento já não está mais no mercado, então a Sudoeste Solar vai estar atendendo também a necessidade deles.

Queda no preço do material

Segundo Gabriel, a grande queda no preço do material está relacionada a fabricação na China. Antes da pandemia existia entre 5 e 6 fábricas que produziam a matéria prima da placa solar que é o silício, que faz a célula fotovoltaica, componente principal da placa solar. Pós pandemia, a China investiu no mercado Europeu e Norte Americano, não tendo tanta demanda nesses países, com isso o produtor acabou vindo para o Brasil, um país já aquecido, derrubando o preço. Outro fator que também influenciou a queda no preço do material, foi o aumento de fábricas na China que produzem as placas, de 6 fábricas pré-pandemia, atualmente passa de 30 fábricas, fazendo com que o preço do material despencasse.  Gabriel afirma que não é uma situação em que o preço vai continuar a cair, ele acha que isso tende a estabilizar. O que influencia hoje o preço é a variação do dólar e a logística de chegar esse material até o Brasil, pois o frete marítimo vem subindo consideravelmente pelo fato de não vir só placa solar da China, mas também carros elétricos. Enquanto algumas leis relacionadas a mobilidade urbana e eletrificação não entrarem em vigor, vai continuar vindo carros elétricos de fora. ‘’Futuramente as fabricas vão produzir no Brasil, mas enquanto essa lei ainda não está vigorando, a China está fazendo com que aumente o preço do frete dos painéis. Ou seja, uma coisa interfere na outra,’’ comenta o proprietário da Sudoeste Solar.

É hora de investir em energia Solar

O preço de um sistema solar baixou entre 30% a 40% comparado a antes da pandemia e percebe-se que no último ano não teve uma redução significativa. A tendência é haver essa estabilidade no preço dos sistemas. ‘’Portanto, se o produtor está pensando em esperar baixar ainda mais, não compensa. Pois o tempo que esperou baixar se tivesse já produzindo, já teria tirado esse dinheiro e um pouco mais em cima, já teria tirado esse investimento’’, afirma Gabriel. Segundo ele, os clientes que colocaram o sistema quando o preço estava mais elevado, hoje estão contente porque já terminaram o investimento. E agora podem ampliar em um preço mais baixo, então também continua sendo vantagem. ‘’A gente não consegue ver quem colocou antes estar arrependido e quem colocou depois estar feliz. A gente percebe que quem colocou conseguiu utilizar a energia solar na cadeia produtiva pra agregar e para somar, finaliza Gabriel Cabral.

Gabriel Cabral, proprietário da Sudoeste Solar

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