Os produtores do Paraná não reduziram suas apostas no cultivo de feijão, apesar das quedas recentes que trouxeram o valor da saca de feijão-preto para os níveis atuais, em torno de R$ 240,00. As informações são do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Desde setembro, quando a cotação era aproximadamente R$ 320,00 pela saca de 60 kg, têm sido registradas sucessivas baixas nos preços. Contrariando essa tendência, a expectativa para o levantamento de safra no Paraná, que será divulgado em 28 de novembro, é de uma revisão da área semeada em mais alguns milhares de hectares, o que pode fazer desta a maior área dedicada à cultura nos últimos cinco anos, superando os 143,6 mil hectares estimados para esta safra em outubro.
Nesta semana, o plantio de feijão chegou a 97% da área estimada. De acordo com o agrônomo Carlos Hugo Godinho, é possível afirmar que quase metade da semeadura ocorreu enquanto os produtores observavam a queda das cotações com certa resignação. Por outro lado, as atuais condições climáticas alimentam uma expectativa positiva em relação à produtividade, mantendo o ânimo no campo e a esperança de que as lavouras possam ser rentáveis neste ciclo.
Os custos totais da cultura foram estimados pelo Deral em agosto em cerca de R$ 184,00 por saca. Assim, caso os preços e as condições climáticas favoráveis se mantenham, os produtores podem passar a ver o feijão como uma alternativa viável ao cultivo de soja nos próximos anos.
TRIGO – Restam apenas 2% da área de trigo a ser colhida no Estado, o que corresponde a aproximadamente 25 mil hectares dos 1,15 milhão de hectares plantados em 2024. A produção deve alcançar 2,3 milhões de toneladas ao término das operações, representando uma queda de 36% em relação às 3,8 milhões de toneladas colhidas em 2023. (AEN)
AEN