Mercado enfrenta desafios com desvalorização da soja, impactando produtores e alterando decisões de plantio nos EUA
Desde o início de 2024, os preços da soja têm apresentado uma tendência de queda significativa. Em dezembro, o contrato de primeiro vencimento para a soja em Chicago registrou uma desvalorização de 2,4%, fechando a USD 13,09/bu. Essa tendência se intensificou em janeiro, com uma queda adicional de 5,8%, levando os preços abaixo de USD 13/bu, o menor nível desde dezembro de 2021.
Fatores de Desvalorização: A queda nos preços é atribuída a um equilíbrio global entre oferta e demanda, impulsionado por uma safra promissora na Argentina. Além disso, a liquidação de posições por fundos não-comerciais e a desaceleração da demanda chinesa pressionam ainda mais os preços. No Brasil, a projeção de safra foi reduzida para 157 milhões de toneladas, 4 milhões a menos que a estimativa anterior.
Impacto nos Produtores: A relação de troca entre soja e insumos como MAP e KCl está desfavorável, afetando as decisões de compra dos produtores. Apenas 15% da demanda de fertilizantes para a safra 2024/25 foi adquirida, comparado a uma média de 21% nos últimos cinco anos.
Apesar dos desafios, a soja ainda é mais rentável que o milho para produtores americanos, com uma relação de preços de 2,7 em Chicago. Isso pode levar a um aumento na área plantada com soja nos EUA, com decisões de plantio previstas para fevereiro e março.