Comentário de Ivo Pugnaloni-
A manchete diz uma coisa o texto diz outra.
E ambos querem esconder algo evidente do público: as renováveis solares e eólicas são boas, mas não são ótimas. Por que? Ora porque são fontes intermitentes. Dependem da velocidade do vento e da quantidade de sol. Que são variáveis e incontroláveis.
Então quanto maior for sua quantidade na matriz elétrica de um país, mais instável e vulnerável esse país será.
Solares e eólicas não são tão confiáveis quanto as fontes permanentes que são as hidrelétricas e as termoelétricas, que armazenam o recurso energético que usam, que são no caso das hidrelétricas a água.
E no caso das termoelétricas o óleo, o gás e carvão.
A escolha fica fácil e as tarifas podem baixar quando o público recebe a informação correta.
Pois a água é gratuita, cai em toda parte, não paga frete nem seguro, é de todo o povo.
O óleo, carvão e gás ao contrário, são de muito poucos, que geralmente usaram o roubo, as guerras de conquista, o assassinato e até mesmo o genocídio de povos originários para se apropriar deles.
A escolha é de cada governo.
Usar água renovável grátis que cai do céu?
Ou gastar centenas de bilhões de dólares em combustíveis fosseis que precisam ser buscados a 1000 até 6000 m de profundidade?
No Brasil temos mais do que o dobro de potenciais sobrando, remanescentes ao que já aproveitamos.
Por que não usar água?
Será que isso acontece para encher o bolso dos EUA que exportam termoelétricas prontas e combustíveis fosseis de suas empresas no Oriente Médio e no Texas?
É isso?
Trair os interesses do povo brasileiro e da indústria brasileira, da agricultura e da pecuária brasileiras, atendendo “ONGUES” pagas pela indústria de petróleo e de termoelétricas?
Por isso essa verdade simples e fácil de explicar leva tanto tempo para ser explicada: ela é parte de um grande esquema publicitário de desacreditar as energias renováveis, do sol e do vento, mas através de seu uso errado, irresponsável e exagerado.
Sem o respaldo da reserva de energia da água, das hidrelétricas, para ajudar a compensar sua intermitência
Para quê?
Para dizerem depois com cara de santinhos do pau oco: _”nós bem que tentamos usar renováveis, mas as termoelétricas a carvão, gás e petróleo são indispensáveis.”
Por Paulo Freitas-
O apagão que atingiu Portugal e Espanha no final de abril foi causado perda de geração de energia em uma subestação em Granada, seguida segundos mais tarde por falhas em Badajoz e Sevilha, informou a ministra da Energia espanhola, Sara Aagesen, nesta quarta-feira, 14. A pane nas três cidades levou à falta de 2,2 gigawatts de eletricidade, o que desencadeou desconexões em série da rede de elétrica.
Trata-se da primeira vez que uma autoridade de um dos dois países dá atualizações sobre o caso. Ainda não se sabe, contudo, o que provocou o blecaute na subestação em Granada. Aagensen adiantou que o processo de investigação é complicado e que, portanto, não pode ser solucionada com respostas simples.
Ela informou que o país está “analisando milhões de dados” e “continua a progredir na identificação de onde ocorreram essas perdas de geração e já sabemos que elas começaram em Granada, Badajoz e Sevilha”. Autoridades também analisam relatos de operadoras sobre volatilidade nos dias anteriores ao caos elétrico. Os investigadores, segundo Aagesen, descartaram a possibilidade ataque cibernético à operadora de rede espanhola REE, mas avaliam o excesso de voltagem como uma possível causa para o problema.
Em meio às críticas da oposição sobre inércia, ela disse que o governo não recebeu “nenhum alerta, nenhum aviso” antes do apagão. Ela também defendeu a política energética do governo, dizendo que as energias renováveis reduziram as contas de energia para residências e empresas e permitirão que a Espanha atraia mais investimentos. A iniciativa, além disso, permite uma maior autonomia energética em meio à instabilidade geopolítica, acrescentou.
“Uma mistura com mais energias renováveis reduz os riscos externos. Ela nos permite antecipar, adaptar e responder rapidamente a qualquer eventualidade”, afirmou ela.
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