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19 de setembro de 2025 - 22:20h

A Folha Agrícola

Brasil ultrapassa 210 GW de potência instalada e reforça protagonismo em energia renovável

Comentário de Ivo Pugnaloni

Apenas mais hidrelétricas, de todos os portes, poderão dar ESTABILIDADE ao sistema elétrico brasileiro, cada vez mais vítima da INCERTIDÃO provocada por geração solar e eólica, classificadas por lei e pela literatura como fontes renováveis intermitentes. Que podem parar de uma hora para a outra.

A produção de energia renovável é sempre benéfica e desejável, mas desde que o exagero e a ganância não elevem sua participação acima de um valor máximo, a partir do qual as fontes ESTÁVEIS e permanentes não consigam mais compensar as faltas de geração das fontes INTERMITENTES.

Apesar do avanço da matriz energética brasileira, com mais de 210 GW de potência instalada e forte presença de fontes renováveis, a estabilidade do sistema depende das hidrelétricas. Fontes como solar e eólica, embora renováveis, são intermitentes e podem falhar repentinamente. Só as hidrelétricas, que já respondem por quase metade da geração, oferecem a confiabilidade necessária para sustentar a rede elétrica diante dessas oscilações.

Por Anchieta Dantas Jr. – 

O Brasil superou em abril a marca simbólica de 210 gigawatts (GW) em potência instalada de geração elétrica. O número, divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), consolida o avanço da matriz energética nacional, que conta hoje com mais de 24 mil usinas em operação comercial espalhadas pelo país.

Boa parte dessa força segue vindo dos rios: as hidrelétricas respondem por quase metade da geração (48,76%), somando 103,2 GW. Pequenas centrais hidrelétricas e centrais geradoras hidrelétricas complementam essa fatia com 2,80% e 0,41%, respectivamente.

A energia eólica representa 15,91% do total instalado, enquanto a solar fotovoltaica centralizada já alcança 8,37%. Termelétricas (22,82%) e usinas nucleares (0,94%) completam o mosaico.

Expansão constante e diversificada

Nos quatro primeiros meses de 2025, a capacidade instalada cresceu 1,9 GW com a entrada em operação de 49 novas usinas em 11 estados.

Só em abril, oito novos empreendimentos começaram a funcionar, somando 141 megawatts (MW). A Bahia puxou a fila com seis usinas eólicas, que adicionaram 85,5 MW ao sistema. Goiás veio em seguida com a UTE Codora, movida a biomassa, que acrescentou mais 50 MW. Santa Catarina também entrou no mapa da expansão com a Pequena Central Hidrelétrica Boa Vista, de 5,6 MW.

No acumulado do ano, o Mato Grosso do Sul lidera em crescimento, com 437 MW incorporados à matriz — seguido de perto pela Bahia, com 428 MW.

Matriz cada vez mais limpa

A expansão energética segue majoritariamente verde. Segundo a Aneel, mais de 85% da geração elétrica no país hoje provém de fontes renováveis, com destaque para hidrelétricas, eólicas e solares.

A plataforma SIGA, da agência reguladora, atualiza diariamente os dados das usinas em operação e em construção — oferecendo um panorama dinâmico da transição energética brasileira.

Outro recurso que tem chamado a atenção é o painel RALIE, ferramenta interativa que detalha a expansão da oferta elétrica por região, tipo de fonte e cronograma. O painel é alimentado por dados de campo e relatórios técnicos e se tornou um aliado importante para quem acompanha de perto o ritmo de crescimento do setor.

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