Em 29 de maio de 2025, o Brasil alcançou um feito histórico ao ser oficialmente reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como país livre de febre aftosa sem vacinação. A certificação foi concedida durante a 92ª Assembleia Geral da OMSA, realizada em Paris, e representa um avanço significativo para o setor agropecuário brasileiro.
Para o deputado estadual Luis Corti (PSB), defensor do agro e da pauta sanitária, essa conquista é resultado de décadas de trabalho conjunto entre governo, produtores e entidades. “É um dia histórico para o Brasil e para o nosso agro. Ser reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação é abrir portas, gerar emprego, renda e fortalecer ainda mais a nossa economia. É fruto do trabalho sério dos nossos produtores e do compromisso com a sanidade animal. Seguiremos vigilantes e trabalhando para que essa conquista se traduza em mais desenvolvimento para o nosso país”, declarou o deputado.
O que significa ser livre de febre aftosa sem vacinação?
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Ser reconhecido como livre da doença sem a necessidade de vacinação indica que o país conseguiu erradicar o vírus por meio de medidas eficazes de vigilância e controle sanitário, sem depender de campanhas de imunização.
Impactos para o agronegócio brasileiro
O novo status sanitário abre portas para mercados internacionais mais exigentes, como Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos, que anteriormente impunham restrições à importação de carnes de países que utilizavam a vacinação contra a febre aftosa. Com isso, espera-se um aumento nas exportações de carne bovina, suína e de outros produtos de origem animal, fortalecendo a economia nacional.
Em 2024, o Brasil já havia exportado US$12,8 bilhões em carnes, consolidando-se como líder global no setor. Com a nova certificação, a expectativa é de crescimento ainda maior nas exportações, impulsionando o agronegócio brasileiro a novos patamares.
Próximos passos
A conquista é resultado de décadas de trabalho conjunto entre o governo, produtores rurais e entidades do setor agropecuário. O Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), iniciado em 2017, foi fundamental para alcançar esse objetivo. “Essa vitória é um ponto de partida. Agora, temos o desafio de consolidar essa imagem no mundo e garantir que o produtor brasileiro continue sendo referência de qualidade e segurança alimentar”, complementou o deputado.
Com o reconhecimento internacional, o Brasil deverá manter e aprimorar suas medidas de vigilância e controle sanitário para garantir a manutenção do status de país livre de febre aftosa sem vacinação. Além disso, será necessário negociar protocolos sanitários com os novos mercados abertos, adaptando-se às exigências específicas de cada país importador.
