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7 de junho de 2025 - 0:22h

A Folha Agrícola

27 Vantagens das Hidrelétricas

Por: Eng. Eletricista Ivo Augusto De Abreu Pugnaloni

Ontem mais uma termoelétrica gigantesca do Grupo Suarez foi inaugurada no Brasil.

Ela queimará ….toneladas de gás metano por dia e emitirá toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera.

E o preço que os consumidores irão pagar será de R$ 6,00 por quilowatt hora na saída dela, mais os penduricalhos que ficarão com as distribuidoras.

Gostou de saber disso, achou importante ou não entendeu nada?

Compare agora com as 27 Vantagens das hidrelétricas sobre termoelétricas como essa para você, sua família e para a competitividade dos produtos brasileiros.

E pense muito bem antes de assinar qualquer contrato.

  • Fonte Hidrelétrica: As hidrelétricas possuem regime operacional totalmente diverso do regime das unidades geradoras fotovoltaicas. Além de operar 24 horas por dia, elas possuem maior resiliência e grande inércia quanto às variações de frequência e tensão;
  • Fonte de Energia Renovável e Limpa: A hidrelétricas de todos os portes produzem energia elétrica de fonte renovável, mas permanente, não intermitente como a solar e a eólica, contribuindo para a sustentabilidade e redução de emissão de gases de efeito estufa e também para imagem dos geradores quanto aos aspectos ESG, cada vez mais valorados pelos investidores;
  • Menor dependência da Rede de Transmissão: As CGHs e PCHs geram energia localmente, diminuindo a dependência de fontes externas e reduzindo perdas nas linhas de transmissão de alta tensão, bem como o carregamento das subestações;
  • Segurança no Fornecimento: A geração com CGHs aumentaram a segurança e a confiabilidade do sistema, ao diversificar a matriz energética e poder reduzir impactos causados por falhas em grandes usinas;
  • Redução de Custos de Energia: A geração local pode diminuir custos de compra de energia de fontes externas, além de evitar custos com transmissão de energia situadas a longa distância.
  • Valorização do Patrimônio Hidráulico e Hidroelétrico: ao aproveitar pequenas bacias hidrográficas e recursos hídricos locais com investimento privados de terceiros as CGHs e PCHs potencializou o uso sustentável dos recursos naturais, valorizando a importância da infraestrutura de geração sem investir capital próprio;
  • Usos para a irrigação e piscicultura: a existência de um reservatório como o das CGHs e PCHs trará várias oportunidades de desenvolvimento econômico e social através do incentivo à piscicultura, à irrigação com águas superficiais para as culturas do café, milho, feijão e frutas de alto valor agregado como uva, morango, cítricos, gerando milhares de empregos no campo e nas cidades da região;
  • Benefícios à alimentação e às condições de vida dos pequenos produtores: do ponto de vista das condições de vida das populações locais, ao melhorarem a qualidade da água e permitir o uso dos chamados “tanques de redes”, as hidrelétricas melhoram a alimentação e a saúde das pessoas e dos animais, o desenvolvimento da flora subaquática e da própria ictiofauna, tornando muito mais rentáveis as atividades como a piscicultura e a aquicultura.
  • Uso de “escadas de peixe” para a ultrapassagem do reservatório:  na época migração e da reprodução dos peixes pela construção das chamadas “escadas de peixe” pode ser uma das soluções, como até mesmo a própria Usina Binacional de Itaipu possui, há décadas. Uma hidroelétrica bem projetada e construída pode manter intacto e mesmo melhorar fluxo genético e migratório da ictiofauna, através de escadas de peixe e métodos de transposição, que ainda tem por vantagem adicional melhorar a oxigenação da água.;
  • 10) Recarga das reservas subterrâneas: a existência de uma central hidrelétrica como as CGHs e PCHs reduzirá a velocidade de escoamento da água dos rios, aumentando a pressão da coluna d’agua sobre o seu leito, favorecendo assim o processo de percolação e maior preenchimento dos lençóis freáticos e aquíferos da região, melhorando de forma geral a quantidade de água armazenada no subsolo, mesmo a quilômetros do reservatório;
  • Abastecimento Humano: em caso de estiagens mais intensas os reservatórios das CGHs e PCHs tornará mais confiável e seguro o abastecimento de água da captação da em seu remanso;
  • Maior proteção contra enchentes: a ocorrência de grandes enchentes poderá causar menores danos caso seja mantida uma capacidade ociosa de reservação das hidrelétricas nos períodos em que são previstas pluviosidade e afluências mais extremas;
  • Criação, manejo e conservação da APP: as hidrelétricas, com seus reservatórios, são no Brasil, a única entre as fontes de geração de energia, que é obrigada por lei, a constituir, cercar, monitorar e vigiar as chamadas “Áreas de Preservação Permanente”, conhecidas como APPs, que servem para proteger e recuperar a mata ciliar, a flora e a fauna nativas, fazendo-o totalmente às expensas dos empreendedores;
  • Proteção contra a Ocupação irregular das margens: A construção de uma grande, média ou pequena hidrelétrica, tem por benefício adicional impedir que exista deposição de esgoto, lixo, resíduos industriais e florestais, restos de agrotóxicos ou limpeza de recipientes, plantio e ocupação irregular e extremamente perigosa para a vida humana pela população excluída e mais carente de moradia;
  • Proteção contra a erosão das margens: as áreas de preservação permanente criadas e conservadas pelas hidrelétricas ao recuperarem a vegetação original da região, contribuem significativamente para a conservação do solo, protegendo-o dos processos erosivos e do desmoronamento margens dos rios e do seu assoreamento, de efeitos catastróficos ao fazer com que as águas saiam do leito dos rios provocando enormes prejuízos materiais e de vidas humanas; 
  • Remoção e Limpeza dos detritos dos rios:  as hidrelétricas, com suas grades metálicas instaladas nas tomadas d’água, prestam um serviço inestimável ao meio ambiente e pouco conhecido do grande público ao retirar dos rios, quase diariamente, toneladas de detritos, troncos de arvores e animais mortos, contribuindo para preservar o escoamento livre e a qualidade da água, funcionando como um gigantesco filtro.
  • Oxigenação das águas pela ação das turbinas e vertedouros: as hidrelétricas também ajudam a melhorar o desenvolvimento de plantas, animais e todas as espécies de organismos nos rios quando as suas águas ao passar pelas turbinas, vertedouros, canais e comportas, formam bolhas de ar, aumentando a quantidade de oxigênio dissolvido, fazendo crescer muito melhor todos os seres vivos. Aeradores elétricos, operando com a energia gerada da própria usina hidrelétrica, melhorando as condições do reservatório e de todo trecho a montante e a jusante do local do aproveitamento, contribuindo para o desenvolvimento adequado da ictiofauna
  • Monitoramento da Qualidade da Água: Antes mesmo da construção de uma pequena ou grande hidrelétrica e quatro vezes ao ano, no mínimo, a qualidade da água no trecho passará a ser monitorada de forma permanente, auxiliando as autoridades sanitárias a terem informações atualizadas sobre a qualidade do recurso hídrico, evitando moléstias transmissíveis como tifo e cólera, sem custo desta atividade para o Poder público.
  • Benefícios Macro Ambientais para a agricultura e a pecuária: as Áreas de Preservação Permanente criadas pelas hidrelétricas também contribuem para a agricultura, a pecuária e o reflorestamento locais ao se constituírem em abrigos adequados aos inimigos naturais de pragas, contribuindo na alimentação e reprodução da fauna local,
  • Aumento da Receita Municipal proveniente do ICMS e do ICMS ECOLÓGICO: a receita mensal da geração hidrelétrica, aumentará a receita total do município, fazendo com que aumente sua cota-parte na partilha do ICMS estadual destinado a cada município, o mesmo acontecendo com o chamado ICMS ECOLÓGICO no caso da recuperação da mata ciliar já a partir da implantação da Área de Preservação Permanente (APP);
  • Aumento da Atividade Turística e de Lazer; A existência do Rio Itamarandiba já atrai turistas da região, a existência de um reservatório permite supor a presença de um número muito maior de visitantes, viabilizando a implantação de pousadas, turismo rural, eventos, piscinas e parques aquáticos, contribuindo para a criação de empregos, receita e tributos para a região;
  • Aumento da Receita Turística: o deslocamento de veranistas para destinos populares como Cabo Frio, Búzios, Maricá, é sem dúvida um grande prejuízo para prefeituras do interior. A existência de reservatórios bem planejados, bem construídos e cuidados, inseridos de forma adequada nos Planos de Uso do Solo pode fazer ficar dentro de divisas municipais interioranos;
  • Redução do Trânsito de Veículos nas Estradas Estaduais: O turismo regional, utilizando como atração principal os reservatórios de hidrelétricas é muito significativo nas regiões do interior do país, constituindo-se em alternativa às longas e caras temporadas no litoral marítimo, distantes às vezes mais de 2500 km da moradia do veranista. A economia de tempo, com estadia, pneus e combustíveis, além da redução do número de acidentes, mortos e feridos pode ser significativa se tomada uma população como a do estado de Minas Gerais, com mais de 20 milhões de pessoas, das quais estima-se que pelo menos 1,5 milhão desloque-se no verão para o litoral.
  • Aumento do consumo de energia e no faturamento da distribuidora: toda a atividade econômica agropecuária, industrial e de serviços que é estimulada por um reservatório implicará no maior consumo de energia elétrica, aumentando o faturamento da distribuidora, a eficiência de seu sistema, justificando economicamente maiores investimentos em melhoria da qualidade e da segurança de fornecimento;
  • Desenvolvimento da indústria imobiliária: as proximidades dos reservatórios de hidrelétricas grandes ou pequenas como o da CGH ITAMARANDIBA é muito comum existir atração de investimentos em clubes, casas de campo, condomínios, marinas e resorts como na hidrelétrica de Furnas, conhecida como “O Mar de Minas”, com grandes oportunidades para empresas de construção civil, imobiliárias e incorporadoras;
  • Capacidade de Backup e Autossuficiência: as PCHs e CGHs permitem que a concessionária, se projetadas de forma conveniente suas proteções e dispositivos de ilhamento, permite que cada região possa dispor de uma fonte própria de energia, promovendo autonomia mesmo em situações de instabilidade na rede principal;
  • Maior qualidade da energia e confiabilidade  atrai  novas industrias:  a instalação de uma hidrelétrica CGH ou PCH melhora muito o desempenho do sistema elétrico de toda a região, pois ajudará a regular o nível de tensão e a frequência de operação, reduzindo a instabilidade e mantendo o suprimento local mesmo quando ocorre algum desligamento na energia que antes vinha apenas de outras regiões, fator de importância na atração de novas indústrias, já que os equipamentos fabris mais modernos são altamente dependentes de energia confiável, sem oscilações, afundamentos ou picos.