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31 de julho de 2025 - 0:39h

A Folha Agrícola

Vegetação nativa ajuda a manter a água e o solo produtivos

No Dia de Proteção das Florestas, especialista reforça elo entre vegetação e segurança hídrica no campo

16/07/2025

As florestas cumprem um papel vital na regulação do ciclo da água. Neste 17 de julho, Dia de Proteção das Florestas, o alerta volta à tona: manter a vegetação nativa é também preservar mananciais, manter o solo produtivo e garantir água para as próximas gerações,  inclusive na agricultura. Em tempos de estiagem mais severa e chuvas desreguladas, o equilíbrio hídrico do país depende cada vez mais da integridade dos ecossistemas.

Estudos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) mostram que áreas florestadas funcionam como grandes esponjas naturais: elas absorvem a água da chuva, liberam vapor na atmosfera, alimentam os rios subterrâneos e reduzem a erosão. Já a remoção da cobertura vegetal acelera o assoreamento de rios, diminui a recarga de aquíferos e prejudica a infiltração da água no solo.

“Não existe irrigação eficiente onde não há floresta preservada. A água que usamos na agricultura começa nas matas, nascentes e áreas de vegetação permanente”, afirma Elidio Torezani, engenheiro agrônomo e diretor da Hydra Irrigações, primeira revenda Netafim do Brasil. 

Qualidade da água

Além da quantidade, a floresta também influencia diretamente na qualidade da água. Em bacias hidrográficas degradadas, o volume de sedimentos aumenta, o que exige mais tratamentos para o uso humano e agrícola. Já em regiões com vegetação conservada, a água chega mais limpa e abundante aos mananciais.

“O produtor rural que investe em conservação florestal está, na prática, investindo em estabilidade produtiva. A irrigação pode até resolver o problema da falta de chuva, mas não resolve a ausência de nascentes ativas”, reforça Torezani.

Função estratégica

A proteção de matas ciliares, áreas de recarga e reservas legais deixou de ser apenas uma exigência legal: tornou-se estratégia de sobrevivência rural. Com o clima cada vez mais imprevisível, quem mantém o ambiente equilibrado tende a sofrer menos com secas, erosões ou perdas de solo fértil.

A relação entre florestas e produção de alimentos também já é reconhecida por países líderes em irrigação, como Israel. “Lá, mesmo em um cenário de escassez hídrica severa, investimentos em reflorestamento e manejo sustentável do solo fazem parte das políticas públicas de segurança hídrica”, exemplifica Elídio. 

Papel do produtor

Nos últimos anos, cresce o número de produtores que associam conservação ambiental à produtividade. Sistemas integrados de produção, recomposição de matas e reflorestamento com espécies nativas têm sido usados como ferramentas para manter o solo vivo e garantir água de qualidade.

“A gente precisa deixar claro que proteger floresta não é frear o agro. É justamente o contrário: é garantir que ele continue viável e resiliente no futuro”, conclui Torezani.

Sobre a Hydra Irrigações

A Hydra Irrigações é uma das empresas detentoras da tecnologia mais avançada no segmento em nível nacional. Primeira revenda Netafim do Brasil e pioneira na aplicação de conhecimento e de técnicas para priorizar a economia de água na irrigação no País, a empresa, com sede em Linhares (ES), tem experiência de quase três décadas de atuação e pesquisa para associar em seus projetos critérios agronômicos rigorosos a equipamentos de ponta. O objetivo é promover alta performance de todos os recursos, considerando as necessidades e especificidades de cada cliente.