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25 de agosto de 2025 - 11:23h

A Folha Agrícola

Demanda por biodiesel avança 8,9% e óleo de soja sobe 10,3% em nova projeção para 2025

imagem freepik

Para o 2º semestre, a expectativa é de novos recordes históricos nas comercializações mensais de biodiesel

A StoneX, empresa global de serviços financeiros, divulgou uma atualização de suas projeções para os setores de biodiesel e óleo de soja no Brasil, após a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no final de junho de elevar a mistura obrigatória de biodiesel de 14% para 15% a partir de agosto de 2025.

Com a mudança, a demanda projetada de biodiesel havia sido elevada de 9,6 para 9,9 milhões de m³ neste período. Agora, após ajuste na expectativa de crescimento do consumo de diesel B (de 3,0% para 2,7%), a StoneX reduziu levemente a estimativa de biodiesel para 9,8 milhões de m³. “Ainda assim, o volume representa um aumento expressivo de 8,9%, em relação a 2024”, destaca o analista de Inteligência de Mercado, Leonardo Rossetti.

Consumo de óleo de soja registra alta de 10,3%

O consumo de óleo de soja para biodiesel acompanhou a revisão, passando de 8,0 para 7,9 milhões de toneladas, uma alta de 10,3% frente a 2024. De acordo com Rossetti, até o momento foram consumidas 3,66 milhões de toneladas, avanço de 8,2% sobre o mesmo período do ano passado.

“Com esse ritmo, a StoneX estima que a participação do óleo de soja tenha superado 85% da matriz de insumos para o biodiesel no primeiro semestre”, compartilha o analista.

Neste cenário, a maior participação do sebo bovino na matriz de insumo pode trazer certo alívio diante da forte demanda por óleo de soja. Em função da tarifa de importação de 50% imposta pelos Estados Unidos, o mercado deve direcionar mais produto ao consumo doméstico. Entre janeiro e julho, o Brasil exportou 290 mil toneladas de sebo ao país, alta anual de 84%.

Avanço nas vendas de biodiesel no 1º semestre

O mercado de biodiesel registrou desempenho positivo no primeiro semestre de 2025, segundo relatório da StoneX. No acumulado do período, as vendas totalizaram 4,53 milhões de m³, alta de 6,2% em relação ao mesmo período de 2024.

O destaque foi observado em maio, quando foram comercializados 819 mil m³, o maior volume mensal do ano e o 4º maior da série histórica, com avanço de 11,4% frente a 2024. Já em junho, o resultado foi mais moderado: 746 mil m³, queda de 8,9% em relação a maio e de 1,6% frente ao mesmo mês do ano passado. “O desempenho abaixo do esperado foi atribuído a atrasos na colheita da 2ª safra de milho, que deslocaram parte da demanda para julho”, diz Rossetti.

Para o segundo semestre, a expectativa é de intensificação da demanda, sustentada pela sazonalidade da demanda de diesel B e pela introdução da mistura obrigatória B15, fatores que podem levar o mercado a registrar novos recordes históricos de vendas mensais.

“Esse cenário deve elevar a pressão sobre a disponibilidade de óleo de soja, principal insumo para o biodiesel. Embora o uso de sebo bovino possa aliviar parcialmente o balanço, a tendência é de redução nas exportações de óleo de soja para priorizar o consumo doméstico. Com isso, a StoneX projeta um mercado mais restrito e com preços sustentados para óleo e biodiesel”, conclui Rossetti.

Sobre a StoneX  

A StoneX é uma empresa global e centenária de serviços financeiros customizados, com presença em mais de 70 escritórios pelo mundo, conectando mais de 300 mil clientes em 180 países. No Brasil, é especialista em desenvolver estratégias de gestão de riscos para proteger o lucro independente da volatilidade do mercado. Também atua em banco de câmbio, inteligência de mercado, corretagem, mercado de capitais de dívida, fusões e aquisições, investimentos, trading e ESG – consultoria de soluções sustentáveis. 

Site institucional: https://stonex.com/pt-br  

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/stonex-brasil   

Instagram: https://www.instagram.com/stonex_brasil 

X: https://x.com/StoneX_Brasil  

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