Folha Agrícola
Francisco Beltrão – A trajetória da família Pezente, na comunidade de Rio do Mato, é marcada pelo trabalho no campo e pela capacidade de adaptação às mudanças. Filho único de Leoclesio Antonio Pezente e Maria Inês Moraes Hoffmann, o jovem Arthur Hoffmann Pezente representa a terceira geração a dar continuidade às atividades na propriedade rural, que hoje tem na suinocultura sua principal fonte de renda.
A história da família começou ainda na década de 1950, quando os avós de Arthur migraram do Rio Grande do Sul para o Sudoeste do Paraná, estabelecendo-se inicialmente em Nova Concórdia. Já em março de 1980, os pais adquiriram a área onde hoje está a propriedade em Rio do Mato. Desde então, diferentes atividades já foram desenvolvidas no local, como avicultura, criação de perus, bovinocultura de leite e de corte, até a chegada da suinocultura, que passou a ganhar espaço nos anos 1990.
Hoje, Arthur se prepara para assumir gradualmente a gestão da propriedade, num processo de sucessão familiar que garante a continuidade do legado iniciado pelo avô e mantido por seu pai. “Já sou a terceira geração trabalhando nesta área. Tudo começou com meu avô, passou para o meu pai e agora, aos poucos, vem passando para mim”, afirma.
Apesar dos avanços, os desafios também fazem parte da rotina no campo. O manejo dos resíduos da suinocultura é apontado por Arthur como a principal dificuldade enfrentada atualmente. Para superar esse obstáculo, a família investiu na instalação de um biodigestor, tecnologia que permite dar destino adequado aos dejetos e, ao mesmo tempo, ampliar a sustentabilidade da produção.
O investimento abre novas possibilidades para o futuro. A família projeta continuar fortalecendo a suinocultura e, paralelamente, expandir a área de lavouras, aproveitando os benefícios gerados pelo biodigestor. “Nossa ideia é utilizar os dejetos processados para a produção de pré-secado e, com isso, reduzir a dependência de adubos minerais no plantio das culturas. Queremos desenvolver uma atividade cada vez mais sustentável”, explica Arthur.
Mais do que a continuidade de uma atividade econômica, a sucessão na família Pezente é também a reafirmação do vínculo com a terra, da responsabilidade com o meio ambiente e da certeza de que o futuro do campo está sendo construído com inovação e comprometimento.