Em meio a crises climáticas e aumento da fome, cresce a importância de discutir soberania alimentar – o direito dos povos de decidir o que produzem e consomem, respeitando a biodiversidade e a cultura local.
O atual modelo do agronegócio brasileiro, voltado à exportação de commodities, gera concentração de terras, destruição ambiental e dependência de insumos químicos. Em contrapartida, a agroecologia emerge como alternativa concreta. Ela combina saberes tradicionais e ciência, promove diversidade de cultivos e fortalece o papel das mulheres e das comunidades locais na produção de alimentos.
Esse movimento vai além do campo: trata-se de uma mudança cultural e política que busca garantir não apenas o direito à alimentação, mas também a preservação da biodiversidade e a valorização das identidades locais.
Ao escolher alimentos da agricultura familiar, apoiar feiras agroecológicas e exigir políticas públicas voltadas à transição sustentável, cada cidadão participa da construção de um futuro mais justo, saudável e ambientalmente equilibrado.

Doutoranda em Geografia pela linha de Meio Ambiente, Gislene Titon. Nutricionista por formação com mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional.