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29 de outubro de 2025 - 11:07h

A Folha Agrícola

Incêndios custam R$ 14,7 bilhões por ano ao agronegócio brasileiro

No último ano, por exemplo, um incêndio em um silo no interior de Goiás destruiu mais de 10 mil toneladas de grãos

No agronegócio moderno, o campo se move à base de eletricidade, mas é justamente ela que pode se tornar o ponto mais vulnerável. O incêndio, no início do mês de outubro, que destruiu completamente um silo de grãos em Arroio Grande (RS), às margens da BR-116, não deixou vítimas, mas reacendeu um velho temor no setor. Isso porque, quando o alerta vem do fogo, as instalações elétricas também entram em discussão.

Os incêndios rurais já provocaram prejuízos bilionários ao agronegócio brasileiro. Somente durante três meses do último ano, as perdas somaram R$ 14,7 bilhões em todo o país, segundo dados apurados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O destaque foi para o estado de São Paulo, que concentrou cerca de R$ 3 bilhões em danos, com mais de 240 mil hectares de cana-de-açúcar destruídos, além de estruturas e equipamentos agrícolas.

Esse valor, evidentemente, engloba danos às culturas e não exclusivamente a incêndios de origem elétrica — embora esses representem uma parcela significativa do total e sejam cada vez mais frequentes em fábricas, silos, secadores e sistemas de irrigação. Para se ter uma ideia, em 2024, um incêndio em um silo no interior de Goiás destruiu mais de 10 mil toneladas de grãos.

Outro incêndio atingiu um secador de soja em Ponta Grossa (PR). Foram quase cinco horas de combate às chamas, e a empresa precisou suspender o funcionamento por dias. Casos assim expõem uma fragilidade recorrente: muitos empreendimentos rurais ainda operam com sistemas elétricos ultrapassados, sem proteção adequada, monitoramento térmico ou sensores de falha.

“O agronegócio brasileiro, responsável por quase 25% do PIB nacional (Relatório PIB do Agronegócio, 2024), depende cada vez mais de soluções tecnológicas para garantir produtividade e segurança em ambientes de alta demanda energética. Porém, esse avanço da mecanização exige uma infraestrutura cada vez mais robusta e inteligente”, diz o engenheiro eletricista Fábio Amaral, CEO da Engerey Painéis Elétricos.

O risco elétrico na armazenagem de grãos

O Brasil enfrenta um desafio histórico na armazenagem de grãos. Um exemplo disso é que, em 2025, a produção projetada para o ciclo 2024/25 foi de 350,2 milhões de toneladas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), mas a capacidade estática nacional de armazenagem é de apenas 213 milhões de toneladas. Isso significa que apenas 64% da produção possui infraestrutura adequada para estocagem, deixando 36% do grão exposto a riscos de perdas, deterioração e falhas operacionais.

Essa diferença se traduz em silos sobrecarregados, motores de ventilação e exaustão submetidos a estresse constante e instalações dimensionadas para volumes menores do que os efetivamente armazenados.

“Percebemos um movimento crescente de busca e incorporação de tecnologias que priorizam, antes de tudo, a proteção e a segurança por parte de empresas e produtores rurais. Seja em ambientes novos ou em processos de reestruturação de capacidade, eles têm adotado soluções que aliam robustez, conectividade e previsibilidade”, conta Fábio Amaral.

A linha de painéis elétricos PrismaSet, desenvolvida pela Schneider Electric e montada no Brasil sob licença pela Engerey, é um exemplo desse movimento. Esses equipamentos vêm sendo amplamente utilizados em silos, sistemas de irrigação, cooperativas e unidades de beneficiamento de grãos.

Amaral destaca que “São painéis que consideram fatores como segurança e continuidade operacional, equipados com sensores wireless que permitem monitoramento em tempo real. Isso possibilita a antecipação de falhas elétricas e uma manutenção preventiva e coordenada, evitando paradas na produção — que podem representar grandes perdas financeiras”. 

E ainda que “Eles possuem componentes inteligentes e software IoT que analisam a condição do painel elétrico, a integridade dos circuitos e a vida útil dos componentes. É possível detectar um ponto de aquecimento ou sobrecarga antes que a falha, ou pior, um incêndio, aconteça”.

Segundo dados técnicos da Schneider Electric, o PrismaSet P suporta até 4.000 A e correntes de curto-circuito de até 100 kA, enquanto o PrismaSet G é indicado para aplicações menores, de até 630 A. Ambos são modulares e seguem as normas internacionais IEC 61439-1 e 2, garantindo alto nível de segurança à vida e ao patrimônio, assim como durabilidade.

Amaral lembra ainda que o painel elétrico foi projetado com a robustez necessária para suportar ambientes úmidos ou com poeira de grãos — comuns em silos e secadores —, reduzindo o risco de curto-circuito graças ao sistema selado.

Sobre a Engerey

Com mais de 20 anos de experiência no mercado, a Engerey, sediada em Curitiba (PR), é referência nacional na montagem de painéis elétricos certificados. A empresa mantém uma parceria estratégica com a Schneider Electric, líder global em automação e gestão de energia, para a produção de células modulares de baixa e média tensão, incluindo tecnologias avançadas como os painéis SM6 (24 e 36 kV), PrismaSet e APM.

Os SM6 são painéis de média tensão modulares, projetados para garantir segurança e eficiência na distribuição de energia. Já o PrismaSet é uma solução de baixa tensão conectada, que permite monitoramento remoto e otimização do desempenho elétrico. Além disso, os painéis APM (Altivar Process Modular) oferecem supervisão avançada dos sistemas elétricos, proporcionando maior controle, redução de falhas e manutenção preditiva.

A Engerey é certificada pela ISO 9001 desde 2010 e possui os selos EcoXpert LV e EcoXpert MV, que atestam a transferência de tecnologia, certificando a Engerey como fabricante de soluções Schneider. Suas soluções são aplicadas em diversos setores, incluindo industrial, comercial e de infraestrutura, garantindo alto desempenho e inovação para o mercado brasileiro.

Para mais informações, acesse: www.engerey.com.br