Especialistas alertam para cuidados que o produtor deve ter com essa parceria tecnológica para que não haja perdas na quantidade de unidades formadoras de colônia (UFC)
O Brasil passa por um cenário de crescimento acelerado no mercado de produtos biológicos. Para se ter ideia, segundo dados da CropLife, nos últimos três anos, a taxa média anual desse avanço foi de 21%, percentual quatro vezes acima da média global. Na safra passada 2023/24 o aumento foi de 15%, refletido nos R$ 5 bilhões em comercialização, considerando o preço final para o agricultor.
Frente à tendência de crescimento deste mercado, segundo o gerente de marketing técnico da Agroallianz no Brasil, Renato Menezes, existe uma oportunidade comercial a ferramentas que promovam a plena performance das tecnologias biológicas. “A adição de cepas de microorganismos a calda de aplicação e o entendimento de todas as interações com os demais componentes ali presentes, faz toda diferença quanto a sobrevivência e longevidade dos microrganismo, consequentemente na sua performance após aplicação” relata.
O engenheiro agrônomo, coordenador técnico e marketing Latam da multinacional alemã DVA Agro, Daniel Petreli, confirma a necessidade de atenção aos processos de preparo até a aplicação, especialmente quando há misturas. Nesse sentido, o uso de tecnologias como os adjuvantes passa a ser essencial, pois eles não apenas melhoraram a pulverização, mas protegem também, a sobrevivência de microrganismos. Além desta proteção os adjuvantes possibilitam maior atingimento da área aplicada e conservação de umidade para manutenção da vida das cepas após aplicação.
Contudo, ele alerta sobre a necessidade de soluções específicas para serem utilizadas com os biológicos (tamponantes, bioestabilizadores, polímeros). ”É importante que estes adjuvantes passem por testes de miscibilidade e viabilidade microbiana com protocolos e certificações de compatibilidade, assim como já realizado em instituições como IB Campinas e Unesp”, diz Petreli. Além disso, “a compatibilidade de composição dos adjuvantes com os microrganismos presente nas tecnologias biológicas, interferem diretamente no resultado de performance”.
Diante disso é fundamental que as empresas desenvolvedoras de adjuvantes tenham responsabilidade técnica na hora de colocar novas ferramentas no mercado. É o caso da Agroallianz, que utiliza tecnologia da DVA para disponibilizar aos produtores brasileiros um portfólio seguro dessas soluções.
Pesquisa é essencial
Para que realmente a eficiência e compatibilidade dos adjuvantes sejam testados, se faz necessária a constante realização de avaliações a campo. Uma delas, intitulada “Compatibilidade do agente de controle biológico Cordyceps fumosorosea com adjuvantes em calda de pulverização”, deste ano como Trabalho de Conclusão do Curso na Universidade Estadual Paulista de Botucatu por Domingues,D, 2025, avaliou os possíveis efeitos tóxicos de alguns adjuvantes disponíveis comercialmente no Brasil quando associados ao agente de controle biológico Cordyceps fumosorosea.
Ao final da pesquisa, foi possível considerar que os da Agroallianz, Ziel®, Max Gravis® e Facility®, são considerados compatíveis com um alto índice biológico. “Ou seja, é possível dizer que nossos produtos são validados em instituição de pesquisa renomada quanto a sua compatibilidade com este microrganismo”, destaca Petreli.
Em outra análise de compatibilidade “in vitro” realizada pelo Instituto Biológico de Campinas-SP, em 2024, identificou que de modo geral os produtos, Ziel®, Max Gravis® e Facility®, foram compatíveis aos fungos Beauveria bassiana; Metarhizium anisopliae, Cordyceps javanica, Purpureocillium lilacinum, e Trichoderma harzianum. “Os resultados desse estudo ampliam as possibilidades de uso integrado e seguro dos nossos adjuvantes no manejo integrado fitossanitário das lavouras”, conclui o gerente de marketing técnico.

 
													 
													 
								 
								 
								 
								 
													 
								 
           
           
           
           
           
          