Bioinsumos ampliam eficiência nutricional, sanidade e produtividade em uma das culturas mais tecnificadas e também onerosas do setor hortifrutigranjeiro brasileiro
O cultivo do alho está em uma posição de destaque entre os hortifrútis de maior valor agregado cultivados no Brasil, ocupando segundo dados do IBGE, em torno de 13 mil hectares e totalizando uma produção média de 172 mil toneladas. Com custos médios de produção que chegam a R$ 250 mil por hectare, a cultura exige alto investimento, mas oferece retorno proporcional, podendo alcançar faturamentos superiores a R$ 360 mil por ha, com produtividades médias entre 16 e 20 ton.
Segundo o engenheiro agrônomo e coordenador de Desenvolvimento de Negócios Nacional da Superbac, Luiz Fernando Ribeiro, trata-se de um segmento formado por produtores altamente tecnificados, que adotam manejo de precisão e parcerias com consultores e instituições de pesquisa para garantir eficiência produtiva. “O produtor de alho é extremamente técnico e busca constantemente ferramentas que tragam mais assertividade, garantia e segurança ao manejo. Quando conseguimos oferecer soluções biotecnológicas que otimizam a nutrição e protegem a planta, geramos valor real”, afirma.
Especialmente porque este cultivo tem elevado consumo de fertilizantes, em média, utiliza-se de 3 a 4 ton/há do insumo no plantio. A soja por outro lado usa-se 0,25; 0,3 ton/há no plantio. Então estamos falando de 10 vezes ou mais o consumo de fertilizantes na cultura do alho., por exemplo. “O nutriente mais absorvido por essas plantas é o nitrogênio, essencial para o desenvolvimento foliar, mas que, em excesso, pode favorecer o surgimento de doenças. Daí a importância de se oferecer um manejo com bioinsumos eficiente e na medida certa”, destaca o especialista.
Além disso, a produção enfrenta desafios como a dependência de fertilizantes importados, a alta sensibilidade a patógenos e as condições de irrigação constante, fundamental para a existência da cultura no País, especialmente nas regiões do Cerrado Mineiro (São Gotardo, e Rio Paranaíba) além de Cristalina/GO e do Sul do Brasil (Rio Grande do Sul e Santa Catarina).
Outro cenário enfrentado pelo olericultor é o de doenças que afetam a cultura. Dentre as principais, Ribeiro destaca as bacterioses foliares e a raiz rosada, que comprometem o sistema radicular e reduzem significativamente o potencial produtivo.
Eficiência biológica e incremento de produtividade
Nesse contexto, o uso de fertilizantes biotecnológicos e de biodefensivos tem se consolidado como ferramenta estratégica para melhorar o desempenho da lavoura. A Superbac vem obtendo resultados expressivos com produtos à base de bactérias do gênero Bacillus, aplicados tanto na nutrição quanto na proteção da cultura. “Os nossos fertilizantes biotecnológicos, à base de Bacillus, têm grande aceitação entre os produtores de alho porque ajudam a manter a sanidade da planta e retardam a perda de folhas, além de proporcionar uma nutrição eficiente, o que se traduz diretamente em produtividade”, explica Ribeiro.
De acordo com os resultados de campo, áreas tratadas com as soluções da Superbac apresentaram maior retenção foliar e incrementos de até 700 kg/ha, equivalentes a cerca de R$ 12,6 mil adicionais de receita por ha. “Cada folha preservada representa de 9% a 15% a mais de produção. Quando conseguimos prolongar a vida foliar, a planta responde com maior acúmulo de fotoassimilados e, consequentemente, mais rendimento”, complementa o coordenador.
Soluções biotecnológicas aplicadas ao alho
Os resultados relatados foram obtidos com o uso das linhas SmartGran® e o biodefensivo Supershield à base de Bacillus, desenvolvidas pela Superbac, além do Supergan. Os produtos são formulados com bactérias do gênero bacillus, sendo nos fertilizantes promotoras de crescimento vegetal (PGPB), que atuam na solubilização de nutrientes, aumento da eficiência do uso do nitrogênio e estímulo ao enraizamento. Já para o Supershield, essas bactérias atuam na formação de biofilme radicular, criando uma barreira biológica que impede o ataque de nematoides e melhoram o equilíbrio microbiológico do solo.
A formação desse biofilme aumenta a resistência da planta a doenças como raiz rosada, além de favorecer a longevidade das folhas, diretamente associada à produtividade final. “O uso integrado de fertilizantes biotecnológicos e biodefensivos é o que permite alcançar o máximo potencial produtivo. Bactérias que auxiliam na nutrição e que protegem cria um sistema de manejo mais eficiente e sustentável”, destaca Ribeiro.
Solo equilibrado
Outro ponto relevante é o impacto positivo da biotecnologia sobre a biologia do solo, frequentemente degradada pelo manejo intensivo do alho. “O alho é uma cultura de manejo pesado, com alta carga de insumos e operações. Isso afeta a microbiota natural do solo. As soluções biotecnológicas da Superbac ajudam a restabelecer esse equilíbrio e a criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento radicular e à absorção de nutrientes”, observa o especialista.
O uso contínuo dessas tecnologias também favorece a longevidade das áreas produtivas, reduzindo a incidência de doenças de solo e permitindo a rotação mais sustentável de culturas. “Estamos falando de bactérias que fazem a planta produzir e bactérias que protegem a planta. Esse equilíbrio biológico é o que permite ao produtor alcançar mais produtividade, sustentabilidade e estabilidade econômica”, finaliza Ribeiro.