fbpx

17 de dezembro de 2025 - 15:19h

A Folha Agrícola

Na véspera do Natal, Paraná se firma como referência nacional na produção de peru

Terceiro produtor e exportador da proteína do Brasil, Estado ultrapassou a marca dos US$ 38 mi em negócios

As exportações de carne de peru no Paraná voltaram a crescer em 2025. Dados do Agrostat Brasil, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mostram alta nos embarques e nas receitas geradas pelo segmento da proteína. Entre janeiro e outubro deste ano, o Estado exportou 12,2 mil toneladas de carne de peru, com receitas de US$ 38,7 milhões. Na comparação com o mesmo período de 2024, o setor paranaense registrou altas de 12,7% e 53,9%, respectivamente.

Hoje, o Paraná ocupa a terceira posição no ranking nacional. A produção estadual de peru em 2024 atingiu quase 2,4 milhões cabeças, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

O Paraná já foi o maior produtor nacional de perus. Em 2018, com o fechamento da planta de abates da BRF em Francisco Beltrão, na região Sudoeste, o setor diminuiu a produção e diversos avicultores migraram para outras atividades, como a criação de frangos de corte.

Em 2021, a BRF retornou ao município do Sudoeste, após a habilitação de uma planta de abates de peru para exportação ao México, maior parceiro comercial do Brasil nesse tipo de proteína.

Desde então, o Paraná vem retomando gradualmente a produção dessa ave para se aproximar dos patamares da década passada.

“O Sistema FAEP esteve junto do produtor durante a crise no setor e vê com bons olhos essa retomada na produção e exportação de perus. Essa atividade tem um papel importante para a avicultura paranaense e esperamos que siga com esses bons índices para o próximo ano”, avalia o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

Mercado interno

A produção de perus tem algumas particularidades em relação a outras proteínas. Uma delas é a importância do mercado interno no escoamento dos abates.

Em 2024, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, 49,6% dessa carne foram consumidas dentro do país, enquanto o restante seguiu para exportação. Na média, o consumo interno da proteína é de 297 gramas por habitante.
Historicamente, o peru produzido no Brasil passou por uma redução no tempo e peso de abate. Até a década de 1980, a ave era abatida com até 19 quilos, em um período de 112 a 140 dias. Atualmente, essas marcas reduziram para cinco quilos e janela de 60 a 62 dias.

Sistema FAEP