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5 de fevereiro de 2025 - 16:13h

A Folha Agrícola

Seca já influencia preços no gado e causa falta de animal bem acabado para abate

Instituto Desenvolve Pecuária sugere atenção à inflação e possíveis mudanças no mercado consumidor

Após os preços do gado no final de 2024 terem subido acima da perspectiva dos consultores de mercado, os pecuaristas gaúchos verificaram que o começo deste ano está registrando uma subida de menor intensidade, apesar de ser um movimento constante. A avaliação é da Comissão de Relacionamento com o Mercado do Instituto Desenvolve Pecuária.

A seca deste verão está causando uma escassez de gado com bom acabamento disponível para o abate, afirma a presidente da Comissão, Fernanda Costabeber. “Observamos um aumento do envio para abate de animais com pouco acabamento de gordura, gado leve, devido a alguns produtores estarem com necessidade de tirar o gado do campo em função da seca que está se apresentando”, explica. Apesar disso, os preços estão relativamente estáveis, com uma tendência de subir devido à falta de oferta.

Esse aumento de preço juntamente com a falta de oferta de gado local para abate está gerando um aumento da importação de carnes provenientes de outros estados, por parte dos frigoríficos. “Essa é uma das maneiras dos frigoríficos ajustarem a relação oferta, preço e demanda. Outro ponto a favor dos preços estáveis com tendência de alta é a exportação, que está muito forte devido à alta do dólar. Já o mercado interno a gente não sabe até que ponto ele vai absorver esse aumento de preços ou se vai frear o consumo. É importante acendermos um alerta a respeito da economia brasileira e o aumento da inflação, visto que o mercado interno é o maior cliente da nossa carne hoje. Vamos aguardar os próximos capítulos para ver”, estima Fernanda.

Mesmo com melhores preços registrados em relação aos de 2024, a dirigente do Desenvolve Pecuária recomenda que os pecuaristas tenham cautela no momento da venda e reposição do gado. “Não se sabe até quando vai subir o preço do gado e qual vai ser o teto, pois só o conheceremos quando o preço começar a cair. Os preços dos insumos também aumentaram, devido a alta do dólar, reduzindo a margem do produtor”, afirma, destacando que a seca e a necessidade de retirada dos animais do campo podem gerar um desequilíbrio “na conta” futuramente.

Foto: Eduardo Marcanth Rosso/Divulgação

Texto: Ieda Risco/AgroEffective

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