fbpx
loader image

25 de dezembro de 2024 - 3:11h

A Folha Agrícola

Manejo nutricional e fitossanitário aumentam a produtividade da cultura da soja

Pesquisas indicam que entender como uma planta interage com o ambiente torna possível potencializar ações ligadas ao manejo fitossanitário, hídrico e nutricional.  

Alterações regionalizadas de clima impactam diretamente na produtividade de soja nas diferentes regiões produtoras da cultura. Diante disso, parte da solução é investir no manejo nutricional e fisiológico das plantas. Esta é a análise do pesquisador Gabriel Schaich,  que desenvolve pesquisas em  Nutrição e Fisiologia Vegetal. 

Num dia de campo realizado no município de Campo Novo do Parecis, o especialista mostrou o impacto de diferentes condições climáticas em Mato Grosso. “Regiões em que os dias são mais nublados, outros com clima mais seco, o que fazer, como agir diante destas adversidades? Podemos tratar com manejo nutricional e fisiológico, minimizando o efeito dessas condições”, explica. Schaich Ele ainda afirmou que florescimento precoce exige a antecipação de parte do manejo nutricional.  

“Em nossos projetos de pesquisa, o que temos, de mais recente e mais diferente, são dados de materiais de crescimento indeterminado. A antecipação do florescimento vem mostrando uma antecipação de demanda nutricional, isso é um aspecto que atraiu atenção e é muito claro para fisiologia”, ressaltou Schaich durante o Open Sky, evento realizado pela Proteplan, empresa mato-grossense de Pesquisa Agrícola. 

Ainda sobre os eventos climáticos, a pesquisadora da Proteplan, Alana Tomen, revelou em um dos painéis do evento, que esta safra recebeu um período intenso de chuvas, o que acarretou alta severidade de doenças nas lavouras.  

“A partir da última dezena de dezembro e por todo mês de janeiro, tivemos uma frequência alta de dias chuvosos, o que fez por explodir a severidade de mancha alvo no nosso Estado de uma maneira geral, além das particularidades de cada região, como a detecção da ferrugem nos primeiros dias do ano na região sul do Estado e a forte incidência de antracnose na região médio-norte e norte de MT. Durante todo esse período, nós intensificamos nossas avaliações em campo para que consigamos ir para a próxima safra com resultados atualizados e consistentes independente do cenário”, falou.    

Orientações Técnicas – Na segunda etapa do Open Sky Soja realizada em Campo Novo do Parecis, os aspectos fisiológicos, nutricionais e fitossanitários das lavouras foram pontuados como os mais relevantes para o aumento da produtividade na agricultura mato-grossense.    

“Vimos em campo diferenças visuais em função dos diferentes tratamentos e nós conseguimos levar ao produtor as informações antes da safra terminar. Isso é muito valioso e importante para a tomada de decisão. Conseguir antecipar alguma ação, comprar melhor seus insumos, definir a melhor estratégia para se proteger contra os fatores que podem diminuir sua produtividade é o que definirá a rentabilidade das lavouras”, explicou Fabiano Siqueri, pesquisador da Proteplan.   

Mais de 250 pessoas estiveram presentes no Dia de Campo recebendo informações e novidades sobre as últimas pesquisas que apontam que a fisiologia da produção permite estabelecer intervenções estratégicas com base em princípios eficientes, e assim otimizar insumos e recursos naturais potencializando a produtividade de grãos de soja.  

“Na agricultura, muitas coisas a gente precisa ver para crer, então essa oportunidade de ver in loco o resultado de um estudo, de determinada variedade ou de um programa de aplicação de fungicidas, por exemplo, convence ainda mais as pessoas acerca de um dado obtido pela pesquisa. Ao vir aos dias de campo da Proteplan, o produtor rural pode ver muitos resultados com os próprios olhos e tirar suas próprias conclusões, aumentando sua confiança na tomada de decisão”, falou Alana.  

Avaliação – Participantes do evento enalteceram a riqueza de conteúdos compartilhados e a importância desta iniciativa para o agro mato-grossense.  

“Este dia de campo da Proteplan está se tornando um evento de referência da região, com novidades em tecnologia, novas empresas, referência em manejo em lavoura.  Então, é muito importante nós estarmos sempre a par do que está acontecendo no campo, até mesmo porque cada região tem suas particularidades, um ambiente diferente, então todo manejo adaptado traz, hoje, um novo resultado”, disse Jeferson Fernando, engenheiro agrônomo.  

A classe produtora buscou orientações sobre prevenção de doenças, além de informações que poderão ajudar a minimizar os fatores restritivos de plantio, estratégias para ampliar a produção e as novidades tecnológicas para o campo.  

“Achei extremamente importante, justamente por trazer o que que tem de novo, pra gente conseguir transferir estas informações da melhor maneira aos produtores rurais. A gente realmente tem que repassar e comunicar isso da melhor forma para o produtor rural e assim, conseguirmos atingir altas produtividades, que é o que a gente espera”, ressaltou Melina Navarro, engenheira agrônoma.  

Próximo Dia de Campo – A terceira etapa do Open Sky Soja será em Campo Verde, no dia 03 de fevereiro. Em todos os eventos há estações sobre fitopatologia, entomologia, herbologia, nutrição, fisiologia e nematoides.  

As inscrições para quem quiser participar do evento estão abertas e podem ser feitas gratuitamente no site da empresa realizadora: proteplan.com.br 

Ao todo serão realizadas três etapas do Open Sky Soja, a primeira foi em Sorriso, depois Campo Novo do Parecis e a próxima será em Campo Verde. De acordo com Ivan Pedro, pesquisador da Proteplan, alguns assuntos serão comuns nas três edições do Open Sky Soja 2023, mas em todos eles terão temas diferentes também, de acordo com a necessidade de cada região.  

“É um dia de campo multidisciplinar, este é o nosso quarto evento em Sorriso e é um evento que vem se consolidando. Aqui mostramos para a classe produtora uma vitrine de cultivares com 132 materiais em diferentes situações de manejo”, relata o pesquisador.     

Document

Cotações Agrícola

Milho

R$

Soja

R$

Trigo

R$

Feijão

R$

Boi

R$

Suíno

R$

Leite

R$

Leia mais