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1 de novembro de 2025 - 1:44h

A Folha Agrícola

Piscicultores do Sudoeste se reúnem para debater avanços e desafios do setor em Nova Prata do Iguaçu

O Sudoeste do Paraná foi palco, na quinta-feira (30), de um importante momento de troca de conhecimentos e experiências para o setor aquícola. O Encontro Regional de Piscicultura do Sudoeste do Paraná reuniu produtores de diversos municípios na Piscicultura Belé, em Nova Prata do Iguaçu, para discutir os desafios, oportunidades e novas tecnologias que vêm transformando a piscicultura na região.

Organizado pelo IDR-Paraná, em parceria com a Prefeitura Municipal de Nova Prata do Iguaçu e a Piscicultura Belé, o evento contou com a presença de produtores de municípios como Salto do Lontra, Dois Vizinhos, Boa Esperança do Iguaçu, Mariópolis, São Jorge d’Oeste, Realeza e Marmeleiro — todos interessados em fortalecer a cadeia produtiva do peixe no Sudoeste.

Entre os temas abordados, estiveram os desafios da moderna agricultura, apresentados por Dayane Lenz, engenheira de pesca do IDR-Paraná de Toledo. Na sequência, Clóvis Glessner, zootecnista do IDR-Paraná de Apucarana, trouxe uma análise sobre os novos sistemas de produção, como o biofloc e o RAS (Sistema de Recirculação de Água), destacando os custos, vantagens e limitações de cada modelo.

A programação também contou com a participação de Rodrigo, médico-veterinário da empresa Vaxnova, especializada em sanidade aquícola, que alertou sobre as principais doenças que acometem os peixes no Paraná e as formas de prevenção mais eficazes para garantir a qualidade e produtividade nas criações.

Após as palestras, os participantes participaram de um almoço à base de peixe e de uma visita técnica à estrutura da Piscicultura Belé, reconhecida como uma das propriedades mais tecnificadas da região, com manejo intensivo e sistemas modernos de produção.

Segundo o zootecnista do IDR-Paraná, Rafael Cavalieri, o principal objetivo do encontro foi fortalecer a cadeia produtiva da piscicultura no Sudoeste, um setor com grande potencial econômico e ambiental.

“Temos água em abundância, mão de obra familiar e áreas propícias à implantação de viveiros. O principal desafio ainda é o mercado e a comercialização, mas isso tende a mudar com novos investimentos”, destacou Cavalieri.

Com a expansão do setor e o interesse de cooperativas do Oeste, como a Cervalhe, que recentemente adquiriu um frigorífico em Nova Prata do Iguaçu, a expectativa é que a piscicultura se consolide como uma alternativa rentável para a agricultura familiar, agregando valor à produção e diversificando a renda das propriedades rurais da região.