Visitantes puderam conferir o desempenho de diversas cultivares de milheto e entender as vantagens da cultura para a 2ª safra
No Centro de Pesquisa da BAM, foram apresentados os Híbridos Graníferos ADRg 9060 e ADRg 9070, o Híbrido Forrageiro Valente ADRf 6010, a Variedade Palhada ADR 300 e a Variedade Forrageira SuperMassa ADR 500, além de conferir a evolução da pesquisa
O milheto conquista a cada safra mais importância na agricultura brasileira devido à sua alta adaptabilidade e versatilidade. Com o intuito de aprofundar ainda mais o conhecimento sobre a cultura, uma imersão foi realizada em Campo Grande (MS), no Centro de Pesquisas da Bonamigo ATTO Melhoramento (BAM), a principal empresa de melhoramento de milheto do Brasil e segundo maior banco de germoplasma da cultura no mundo. A BAM preparou uma vitrine tecnológica da cultura, com os materiais comerciais de milheto já com ampla utilização, tais como: os Híbridos Graníferos ADRg 9060 e ADRg 9070, Híbrido Forrageiro Valente ADRf 6010, Variedade Palhada ADR 300 e Variedade Forrageira SuperMassa ADR 500, além da evolução da pesquisa.
“O milheto é uma cultura muito aderente às necessidades do agricultor brasileiro. Em solos mistos, arenosos, com chuvas irregulares, ou solos com baixa retenção de umidade, o milheto se sobressai em resultados e traz muito menos risco ao produtor”, afirma o melhorista-chefe do programa de melhoramento de milheto da BAM, Luiz Bonamigo.
Em dois dias, mais de 40 pessoas entre agricultores, técnicos, agrônomos, representantes de cooperativas e revendedores acompanharam a apresentação sobre os híbridos e variedades de milheto.
Foram apresentados ainda a completa estrutura do Centro de Pesquisa, como os laboratórios de nematologia e fitopatologia, as dez estufas para cultivo e doutores e mestres que integram a equipe de pesquisa. O centro teve a área ampliada ano passado, sendo que, dos 20 hectares de área total, 12 ha são irrigados, além de ter seis casas de vegetação para estudos com fitopatologia e nematologia.
Diversidade dos híbridos
O engenheiro agrônomo melhorista da BAM, Lucas Souto Bignotto, destaca as principais características do milheto, como a reciclagem de nutrientes, uma produção de boa palhada, combate aos principais nematoides, que é aliado a uma excelente produção de grãos, trazendo renda ao agricultor e sendo uma opção para plantio de segunda safra com um menor risco possível na janela.
“O que chama a atenção dos agricultores, consultores e equipe técnica que vem nos visitar é a versatilidade de uso que o milheto tem, que vai desde o uso forrageiro, palhada, silagem, pré-secado e produção de grãos, com excelentes resultados em todas essas funções. Outra coisa que atraiu a atenção é a qualidade dos produtos comerciais. No caso do forrageiro, é a qualidade tanto em massa verde quanto uma qualidade bromatológica excelente resultando em mais leite e mais carne para o produtor”, explica Bignotto.
Custo-benefício superior
Luiz Bonamigo explica que as características favoráveis do milheto o colocam como uma cultura diferenciada em relação ao milho e ao sorgo. Ele reforça que o milheto traz segurança, principalmente com os ADRg 9060 e 9070.
“Essa realidade foi apresentada aos visitantes nos dias de campo, mostrando as características básicas do milheto. O desenvolvimento da cultura, o processo de melhoramento, como foi o desenvolvimento dos materiais, o processo de mudança da arquitetura de planta, que antigamente era conhecida somente como cobertura, que é o caso do ADR 300, e como forragem o ADR 500, e como estamos mudando a arquitetura de planta para produzir muito mais grãos”, explica Bonamigo.
O melhorista-chefe, entretanto, aponta que é fundamental seguir as recomendações técnicas de manejo da BAM, o que foi reforçado na vitrine. “Enfatizamos em seguir as recomendações do nosso manual técnico, especialmente sobre a época adequada de plantio. E fazendo os devidos tratos culturais, principalmente em relação à fungicida em uma área limpa de erva daninha, os nossos materiais ADRg 9060 e ADRg 9070 têm condições de expressar uma produtividade por volta de 40 sacas por hectare, o que traz excelente rentabilidade”.