Pelas análises do Portal Solar, impacto no payback é irrelevante, alongando o tempo em apenas alguns meses; lei 14.300 trouxe mais segurança jurídica e previsibilidade para investidores
Residências do Sul têm o menor impacto na instalação de painéis solares, com apenas 30 dias de diferença com a lei, que agora remunera as distribuidoras de energia, enquanto, no Sudeste, o tempo é um pouco mais longo, com 120 dias de diferença
Os consumidores brasileiros ganharam mais segurança jurídica e previsibilidade com o marco legal da energia solar, a Lei 14300/2022, que passou a vigorar em janeiro deste ano. Com a remuneração prevista das distribuidoras de energia pelo serviço prestado, o impacto no retorno do investimento em sistemas fotovoltaicos fica irrelevante, alongando o tempo em apenas alguns meses, segundo análises do Portal Solar, franqueadora para venda e instalação de painéis solares no País, com mais de 200 unidades espalhadas pelo País e 18 mil projetos entregues.
De acordo com o estudo, o payback terá uma variação entre um e quatro meses com a nova lei, tanto para residências quanto para estabelecimentos comerciais. Pelas análises da empresa, as residências da região Sul têm o menor impacto no tempo de retorno dos sistemas solares, com apenas 30 dias de diferença, enquanto, no Sudeste, o tempo é um pouco mais longo, com 120 dias de diferença (confira tabela completa abaixo).
Nas casas dos estados do Sul que têm uma conta de luz mensal da ordem de R$ 500 custam, a instalação de um sistema de energia solar custa quase R$ 25 mil e o tempo retorno do investimento é de quatro anos e dois meses, com uma vida útil de 25 anos do equipamento. Antes da lei, esse tempo era de quatro anos e um mês.
As instalações de energia solar nas casas do Centro-Oeste também quase não sofrerão mudanças. Para um gasto de R$ 500 mensais de eletricidade, o sistema fotovoltaico custaria R$ 25,2 mil e o tempo de retorno ficou com apenas dois meses a mais, chegando nos atuais três anos e três meses.
Nesses estados, o payback para as residências é o mais rápido do Brasil, seguido pela região Nordeste (três anos e seis meses) e Norte (três anos e oito meses). No Sul e Sudeste, esse tempo é de quatro anos e dois meses e quatro anos e oito meses, respectivamente.
Com a nova lei, o tempo de retorno mais rápido, abaixo de três anos, é de sistemas solares instalados em estabelecimentos comerciais com conta de luz mensal de R$ 5 mil, localizados nas regiões Centro-Oeste (dois anos e nove meses), Norte (dois anos e 11 meses) e Nordeste (dois anos e 11 meses). Nestes casos, o valor de um sistema de geração fotovoltaica para abater esse consumo de eletricidade nessas regiões varia entre R$ 211 mil e R$ 230 mil.
Para Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar, a regulamentação trouxe mais segurança jurídica para o setor e regras mais claras, tornando o investimento em energia solar ainda melhor, além de equilibrar a demanda das distribuidoras de serem remuneradas pelo serviço prestado. “Ou seja, trata-se de um modelo justo e equilibrado, que traz vantagens para todos os lados”, ressalta.
“Como o preço dos equipamentos cai de forma significativa no mercado internacional e o próprio painel solar passa por evolução tecnológica, que eleva a eficiência de produção de eletricidade, os projetos fotovoltaicos possuem alta taxa de retorno e é considerado hoje um dos investimentos mais rentáveis no Brasil e no mundo”, explica.
O que munda na energia solar: antes e depois da lei