Além de diminuir o risco de obesidade, há auxílio no tratamento diabetes, doenças cardiovasculares e combate a neoplasias
Não há quem nunca tenha escutado sobre a necessidade de comer feijão por conta do ferro. Mas muita gente não imagina que o ferro é apenas um dos inúmeros benefícios deste alimento considerado completo e plural.
Recentemente foi divulgada uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que revela uma tendência de que o alimento seja cada vez menos consumido no Brasil. No entanto, o estudo também reforça os benefícios desses grãos à saúde. Segundo a pesquisa, quem deixa de comer a leguminosa com regularidade tem 10% mais risco de desenvolver excesso de peso e 20% de ficar obeso.
Mas a pergunta que fica é, como?
De acordo com a engenheira de alimentos e diretora de operações na Combrasil, Ana Rachel, são tantos os benefícios que se podem citar a respeito deste produto que é fundamental ampliar esses conhecimentos para toda a sociedade. “Além de diminuir o risco de obesidade, há o auxílio no tratamento diabetes, doenças cardiovasculares, regulamento do intestino, favorece o ganho de massa muscular, regula a produção de hormônio, e estudos vêm mostrando cada vez mais o combate a neoplasias. Tumores em diversos órgãos, vários tipos de tumores e cânceres”, revela a especialista.
Segundo Ana Rachel, o alimento atinge e se faz necessário em todas as faixas etárias, desde o recém-nascido até o centenário. “Quando a gente fala do feijão, vemos o quanto ele é completo. Dentro dessa composição do feijão, temos diversas propriedades”.
Conheça cada uma delas:
· Ferro: Traz o combate e prevenção de anemia.
· Zinco: Melhora a energia, o cansaço, e a memória, além de trabalhar na produção de hormônios, que é muito importante.
· Cálcio: fundamental para os ossos.
· Fibras solúveis: Normalizam os níveis de colesterol.
· Vitaminas: Principalmente as do complexo B que são importantíssimas para a absorção de outras vitaminas vitais para o corpo.
· Minerais: Uma curiosidade em relação aos minerais, e uma dica para aquelas pessoas estão habituadas a comer somente o grão de feijão: o caldo do feijão concentra 73% dos sais minerais, então é riquíssimo.
· Proteína: É a principal e mais completa fonte de proteína na dieta do brasileiro hoje.
· Ômega 3: Fundamental principalmente para a memória, para as funções neurais.
· Fitoquímicos: Tem quase que exclusivamente no feijão, que vem diretamente no combate ao câncer, como antioxidante. Agem com grande importância em toda a digestão para a absorção desses nutrientes. A justificativa para esse combate a neoplasias, é que o feijão é um alimento com baixo índice glicêmico, então quando entra no corpo ele leva a glicose de forma mais lenta para o sangue. Isso implica em uma menor liberação de insulina, então demanda menos do pâncreas. E essa menor liberação de insulina mantem o PH do organismo regulado. Então os estudos tem comprovado cada vez mais também a correlação do desenvolvimento de câncer e tumores a esses altos níveis de insulina no sangue. O grande X da questão no combate a neoplasias, é realmente devido a esse baixo índice glicêmico.
Por esses motivos a engenheira de alimentos reforça a importância do consumo de pelo menos uma concha por dia. “Isso é o bastante para você ter acesso a tudo, e a quantidade diária recomendada. Ele não é só rico em nutrientes, mas a forma que esses nutrientes se encontram, facilita a absorção. Por isso a dica é: comam feijão, porque é muito benéfico mesmo para a saúde”.