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11 de dezembro de 2024 - 10:00h

A Folha Agrícola

Coccidiose silenciosa e os seus impactos na suinocultura

Quadros subclínicos da coccidiose estão cada vez mais comuns e trazem prejuízos importantes para as granjas

A coccidiose é uma enfermidade bem conhecida nas granjas e um dos grandes desafios enfrentados pela suinocultura mundial. Causada pelo protozoário intracelular Cystoisospora suis, a afecção acomete principalmente os leitões entre o 5º e o 15º dia de vida, e em granjas com alta pressão de infecção pode ocorrer também em fases mais tardias, com leitões de até 24 dias manifestando a doença.

“A sintomatologia clássica da coccidiose é visualizada nos leitões lactentes e consiste em diarreia persistente, fétida, amarela a acinzentada, que dura entre 5 e 10 dias e causa desidratação nos animais. A dispersão dos protozoários pelo ambiente por meio das fezes destes leitões com diarreia ocorre muito rapidamente e, por serem altamente resistentes, os oocistos podem permanecer ali durante meses até infectarem novos animais”, explica Felipe Betiolo, médico-veterinário gerente nacional de serviços veterinários para suínos da Ceva Saúde Animal. 

A ingestão de oocistos de Cystoisospora suis promove uma disbiose entérica e danos ao epitélio intestinal, que possibilita a proliferação de agentes patológicos oportunistas, como Eschericia coli e Clostridium perfringes, levando os animais a desenvolverem quadros clínicos mais severos. 

Embora bem conhecida dos produtores, alguns animais acometidos pela coccidiose desenvolvem um quadro subclínico da doença, quando ocorre a excreção dos oocistos para o ambiente por meio das fezes, porém sem a manifestação dos quadros de diarreia, o que aumenta ainda mais a pressão de infecção dentro das granjas, principalmente quando não há um manejo sanitário rigoroso ou eficiente. “Além de serem resistentes ao ambiente, os oocistos do protozoário podem ser carreados por meio de insetos, roedores ou pessoas, e acometerem as matrizes e os suínos adultos, que comumente não manifestam a doença de forma clínica”, alerta o médico-veterinário.

Os índices de mortalidade relacionados à coccidiose são baixos, mas os prejuízos econômicos promovidos pela doença pesam no bolso do produtor. Estudos apontam que os leitões com coccidiose podem deixar de ganhar até 400g do nascimento até a desmama, quando comparados aos leitões sadios. Além de impactar no desempenho produtivo dos suínos, alongando o período necessário para atingir o ganho de peso ideal em decorrência do comprometimento da conversão alimentar, a doença serve como uma porta de entrada para outras patologias que podem ser mais agressivas.

“Ainda que alguns animais não apresentem o quadro clínico de coccidiose, a doença segue sendo uma das principais preocupações na granja, especialmente na fase de maternidade”, reforça Felipe. “As lesões provocadas pelo protozoário no intestino delgado dos leitões, além da desidratação em casos graves da doença, podem fragilizar a parede do órgão e afetar drasticamente o desenvolvimento dos animais, diminuir a imunidade e torná-los mais vulneráveis às diarreias virais ou bacterianas”. 

Os animais infectados e que não apresentam sintomas clínicos da coccidiose atuam como fonte de infecção da granja, dispersando oocistos. Uma vez instalada na propriedade, as chances da coccidiose se tornar uma doença endêmica é muito grande. Por ser altamente contagiosa, o investimento em medidas de biosseguridade, como boa higiene e desinfecção do ambiente, e adesão de vazio sanitário sempre que necessário, é tão importante quanto o tratamento proativo dos animais infectados e preventivo dos leitões recém-nascidos.

“Estes manejos são imprescindíveis e começam pela leitegada, que recebe ainda nas primeiras horas de vida uma dose injetável de toltrazuril, para combater e eliminar o C. suis. Estudos apontam que a administração injetável do fármaco associada ao ferro, essencial para a prevenção da anemia ferropriva nos leitões, é a melhor forma de prevenir a coccidiose nestes animais, sem riscos de sobredosagem ou perda de fármaco pela regurgitação dos animais, além de promover um maior ganho de peso durante a fase de maternidade, o que resulta em um balanço econômico favorável para o suinocultor”, Betiolo finaliza. 

A Ceva Saúde Animal é a única empresa a disponibilizar em seu portfolio o Forceris®, formulação de toltrazuril injetável em dose única que, em combinação com gleptoferron, traz maior agilidade na mão de obra da granja no setor de maternidade e favorece a saúde e bem-estar dos animais ao reduzir diretamente a manipulação dos leitões. Forceris® está disponível em apresentações de 100mL e 250mL, e pode ser encontrado nas melhores distribuidoras e revendas.

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