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25 de dezembro de 2024 - 2:56h

A Folha Agrícola

Adubação de pastagens com menos emissão de gases poluentes é possível

Avanço em tecnologia e pesquisa permite produção pecuária mais sustentável

Entre os principais gases de efeito estufa (GEE) estão o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). O relatório anual divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) - agência da Organização das Nações Unidas (ONU) –, no final de outubro, mostra que esses gases atingiram níveis recordes de concentração atmosférica em 2023, ligando o alerta sobre o futuro do aquecimento global. A agropecuária tem uma parcela de participação nesse resultado, porém uma pesquisa desenvolvida pela Mosaic com a consultoria Delta CO2, em Piracicaba (SP), mostra um importante avanço na prática de uma pecuária mais sustentável, com redução nas emissões. O experimento foi desenvolvido com metodologia oficial do Intergovernmental Panel on Climate Change (Painel Intergovernamental para a Mudança de Clima).

Na pecuária, a principal causa de emissão de CO2 advém de pastagens degradadas, áreas que apresentam perda de cobertura vegetal e redução no teor de matéria orgânica. Por isso, com a recuperação das pastagens, inverte-se o processo, e o solo passa a acumular carbono. Além disso, uma adubação de pastos com fertilizantes de alta tecnologia resgata a saúde do solo, eleva a produção de forragem e viabiliza a produção bovina, sem abrir mão de práticas sustentáveis. É muito comum a aplicação de fertilizantes nitrogenados na pastagem. O nitrogênio (N) é um macronutriente de grande importância e demanda forrageiras, sendo essencial para altas produtividades e qualidade da pastagem.

Para avaliar a emissão de CO2, N2O e CH4, bem como as perdas de amônia (NH4) por volatilização, a Mosaic realizou pesquisa com a consultoria Delta CO2, utilizando a formulação MPasto Nitro, que tem nitrogênio em alta concentração à base de ureia estabilizada com inibidor de urease. O resultado fez uma análise de todo o ciclo das pastagens e apontou redução de 30% da emissão de gases de efeito estufa, assim como inúmeros estudos da Mosaic lado a lado, que comprovam maior produtividade, que tem impacto no maior sequestro de carbono atmosférico.

“É um resultado muito expressivo quando pensamos na necessidade da evolução da agropecuária rumo a níveis cada vez mais sustentáveis. Como exemplo, o óxido nitroso é um dos principais gases de degradação da camada de ozônio, emitido por várias fontes, como os fertilizantes. Então temos investido em tecnologia e pesquisa para minimizar essa situação”, explica Sabrina Coneglian, Gerente de Pecuária da Mosaic. Em relação ao óxido nitroso, a pesquisa mostrou redução de 35% na emissão desse gás nas áreas em que o MPasto Nitro foi aplicado, em comparação à média dos tradicionais fertilizantes nitrogenados do mercado. Ao analisar as emissões de amônia, o estudo indicou que o MPasto Nitro proporciona 30% menos volatilização se comparado à ureia convencional e outro fertilizante com inibidor de urease.

A melhor época para aplicar fertilizante nitrogenado em pastagens é durante o período das águas, que vai de outubro a março no Brasil. É necessário ajustar a dosagem para evitar excessos ou deficiências, considerando as necessidades específicas de cada tipo de planta e as condições do solo. Geralmente, o nitrogênio é aplicado em várias fases do ciclo da planta, começando na semeadura e seguindo com coberturas adicionais, para minimizar perdas. Antes de aplicar fertilizantes, é fundamental realizar uma análise de solo para diagnosticar a condição da área, identificar quais nutrientes estão presentes e suas respectivas quantidades.

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