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10 de dezembro de 2024 - 3:15h

A Folha Agrícola

Planejar a utilização e manejo das pastagens é fundamental para garantir a rentabilidade na atividade pecuária

Com a adoção de tecnologia e o correto manejo de fertilizantes, é possível ampliar, com baixo investimento, a eficiência das áreas de pastagem proporcionando maior ganho de peso aos animais e melhor retorno financeiro

Um projeto longevo, bem estruturado e focado em obter os melhores resultados necessita primeiramente de um bom planejamento. Com a escolha correta, as tomadas de decisões tornam-se mais assertivas, a trajetória é mais segura e as chances de obter economia ou maior lucratividade no fim dessa jornada são muito maiores. Algumas atividades cada vez mais exigem estratégias eficientes e com a pecuária a realidade não é diferente.

Com margens mais estreitas, custos dos principais insumos mais altos e o recuo do preço da arroba (em relação ao ano passado), o pecuarista precisa mais do que nunca ser cirúrgico em suas decisões. Para isso, desde já é fundamental pensar no preparo da pastagem para o período das águas daqui alguns meses. O pasto é o principal recurso que o produtor tem para garantir alimento de qualidade a boiada de forma mais econômica sem ficar refém das oscilações do mercado.

Segundo Luiz Vezozzo, gestor do programa na Harvest Agro, os fatores que garantem o Brasil ser muito competitivo na produção de carne bovina são suas características naturais como clima e solo favoráveis. Porém, com o declínio da fertilidade dos solos, pelo seu uso ao longo do tempo, observa-se a necessidade do uso de tecnologias para manutenção da competitividade da atividade. “Observamos pecuaristas com baixa produtividade por não aderir à utilização de tecnologias de produção. Porém, com as ferramentas certas a pastagem pode ser sim um investimento muito rentável”, destacou.

Entre as soluções mais eficientes disponíveis no mercado, está o Programa Pasto Forte da Harvest Agro. Na prática a ferramenta apresenta diversos ganhos, entre eles: o aumento da disponibilidade de MS (massa seca), dos elementos nutricionais na folha, além do custo reduzido em comparação às outras tecnologias. Nota-se também o efeito antiestresse do pasto devido ao balanço perfeito de aminoácidos livres e ainda a indução de produção de fitoalexinas; hormônios tanino e lignina, resultando em melhor recuperação da planta após fatores causadores de estresse, por exemplo uso de herbicidas e seca.

O Pasto Forte é composto por cinco produtos, são eles: Stimullum, Impact, Pasto Max, Guepardo e o N32. “O nosso programa é completo, pois ele é composto por importantes macro e micronutrientes, além da cadeia completa de aminoácidos e extrato de algas que garantem um efeito residual no pós primeiro corte”, diz o gerente de pastagem.

Uma outra vantagem do protocolo da Harvest Agro é o resultado rápido, por isso conta com duas aplicações em fases diferentes. “Em 40 dias, é possível voltar os animais no pasto tratado. A absorção pelas plantas dos nutrientes de nossos produtos é mais eficaz, em função da tecnologia adotada, são poucas as empresas que têm essas soluções foliares”, finaliza Vezozzo.

Resultados comprovados

Em áreas onde o produto vem sendo utilizado, observou-se maior eficiência e mobilidade de nutrientes, favorecendo sua distribuição nas plantas, resultando em pastagens mais saudáveis e produtivas. “Nosso protocolo proporciona também maior compatibilidade de mistura no pulverizador, melhor enraizamento e arranque inicial, assim as plantas atingem altura superior e geram maior massa de peso com maior lucratividade ao agropecuarista”, destaca.

Para traduzir em números os ganhos que a aplicação correta do protocolo pode resultar, vamos utilizar, como exemplo, uma área avaliada em uma fazenda no Noroeste do Estado do Paraná onde foi aplicado os produtos em duas áreas no mesmo pasto. “Como foi uma época de muito calor e seca, visualmente a diferença entre um local aplicado e a área testemunha não chamou tanto a atenção quanto ao resultado da pesagem do capim. Após a aferição no local no qual o protocolo foi aplicado obteve-se 55% a mais de peso do capim”, disse o especialista.

Ao levar em conta apenas a matéria seca, depois do capim desidratado, a pastagem onde o protocolo foi utilizado ganhou 47% a mais de peso. “Baseado nessa avaliação, os ganhos são muito relevantes, conferindo melhor rentabilidade ao pecuarista”, acrescentou Vezozzo.

Investimento que dá lucro

Para comprovar a viabilidade e a importância de investir na melhoria das pastagens, o pecuarista deve fazer algumas contas. Por exemplo, devido a maior produção de capim por hectare e consequentemente maior lotação de animais no pasto, caso ele optasse por arrendar sua pastagem, pressupondo o valor do arrendamento na ordem de 20% do valor da arroba por cabeça/mês.

Levando em conta a cotação atual da @ de R$ 230, por exemplo, média CEPEA, e aplicando esse 20% o valor do arrendamento seria de R$ 46 por cabeça/mês. Considerando o aumento da lotação devido ao aumento de oferta de capim por conta do uso da tecnologia, de lotação média de 1.2 UA (Unidade Animal) por hectare para 1.76 (aumento de 47%), . Se multiplicada essa por 47%, resultará em 1.56 UA por ha. O ganho financeiro para o pecuarista seria de R$25,94 por hectare por mês (0.56 UA a mais por hectare vezes R$46,00).

Ao longo de 12 meses, que é a frequência de uso do protocolo (uma vez anual) esse produtor garantirá R$311,00 a mais de receita por hectare. “Esse ganho é resultado de um investimento de R$185,00 (valor por hectare pelo protocolo). Ou seja, para cada R$1,00 aplicado no protocolo o pecuarista nesse exemplo obteve R$1,68 de retorno. Nenhuma aplicação financeira segura paga isso. Portanto, vale a pena fazer esse investimento e são essas as contas que o pecuarista precisa fazer”, finaliza o especialista.

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